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Concessionárias mantêm preços

De acordo com estudo da agência de notícias do setor automobilístico Autoinforme/Molicar, o preço dos carros zero no Brasil subiu 0,81% no primeiro bimestre de 2013. Este percentual ainda não reflete correção de 2% provocada com a volta do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos com motor 1.0, que aconteceu no último mês de janeiro.
Ainda segundo a pesquisa, o reajuste maior aconteceu justamente no primeiro mês do ano: 0,79%; já no mês de fevereiro o índice se manteve praticamente estável, tendo uma variação residual de 0,02%. Como a redução do IPI afetou exclusivamente os carros nacionais, foram eles os que mais sofreram com a volta do tributo. Entre as empresas que tiveram maiores aumentos estão três das principais montadoras do país: a Fiat (+0,07%), a Volkswagen (+0,10%) e a GM (+0,41%). Outras apresentaram, no mês passado, preços ainda menores que os praticados em dezembro de 2012 quando a alíquota ainda estava zerada, entre elas Ford e Hyundai (-0,03%), Toyota (-0,05%), Honda (-0,84%), Nissan (-1,30%) e Jeep (-2,49%). Enquanto isso, vinte e cinco das concessionárias pesquisadas mantiveram os mesmos preços entre dezembro em fevereiro.
Augusto Soares, gerente de vendas da chinesa Chery em Manaus, diz que a forte concorrência no setor é o principal responsável pela manutenção dos preços. Segundo Augusto, para serem competitivas as montadoras reduziram os preços em uma margem muito maior que o abatimento do IPI, chegando a 12% em alguns modelos.
“O IPI baixou 7%, mas no preço final do carro essa redução representa de 1,5% a 2%. O que houve na verdade foi uma redução muito mais na margem de lucro das fábricas, do que no IPI. Hoje as fábricas não estão aumentando porque o mercado não comporta aumento de preços. Estão absorvendo isso na margem de lucro. O mercado foi quem estabeleceu essa redução de preços”, explicou o gerente.
Mas se por um lado consumidores e concessionárias comemoram os bons números do setor, as revendas de seminovos têm sido prejudicadas. De acordo com Marcelo Mesquita, gerente de vendas de seminovos, ao contrário do que era esperado com a volta do IPI, a procura pelos usados continua em baixa por conta dos preços mais vantajosos dos carros zero. “Nós temos tido dificuldades. O preço do carro zero aumentou mais não foi muito, então é natural que a procura pelo 0Km aumente em detrimento ao carro usado”, reclamou.
A partir de 1º de abril, no entanto, o IPI dos veículos 1.0 subirá para 3,5%, chegando a 7% em julho, segundo previsão feita pelo governo. O caso dos veículos com motores de 1.0 a 2.0 flex, o novo reajuste será realizado em abril, subindo para 9% e podendo chegar aos 11% em julho.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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