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Comércio espera faturar R$ 60 milhões

O comércio da capital amazonense aguarda um volume projetado de aproximadamente R$ 60 milhões para o período do Dia dos Pais, atingindo um crescimento de até 8% em relação ao mesmo período do ano passado.
A estimativa tem base em uma pesquisa divulgada pela CDL-Manaus (Câmara de Dirigentes Lojistas de Manaus), encomendada ao Ipen (Instituto de Pesquisa do Norte), de 26 a 30 de junho passado.
A finalidade foi preparar o setor para a demanda estimulada e movimento no mercado, com projeção de 483,3 mil manauenses saindo às compras nos próximos dias.
A atividade – realizada pela primeira vez este ano – abordou 1.033 pessoas nas seis zonas residenciais da cidade, com 542 questionários respondidos. A margem de erro foi de 4,2% para mais ou para menos. Na intenção de comprar um presente, os pesquisados da zona norte foram os que menos demonstraram interesse – 43%, o que gerou recomendação do estudo para maior estímulo a essa região para eliminar a apatia, enquanto na centro-sul o índice ficou em 63,4%. O vestuário lidera a preferência dos entrevistados (29,3%, com maior ocorrência na zona centro-oeste – 39,1%), seguido do relógio (14%, o mais visado das zonas leste – 17,8% – e centro-oeste – 15,6%), celular (11,4%) e calçados (10,7%). Bolsas, carteiras, acessórios e viagens são os de menor incidência – somente 0,5%, ganhando somente de dinheiro, computador/notebook e almoços em família (0,3%).

Gostos variados

A pesquisa revelou que as mulheres lideram no item vestuário como presente (34,8%), enquanto entre os homens o índice é de 25,5%. Quanto à forma de pagamento, o uso de dinheiro foi citado por 71,5% dos entrevistados, sendo a zona norte o local de maior concentração desses tipos de comprador (80,4%). Tal fato levou à recomendação da CDL-Manaus para a criação de uma política de bom preço, já que a modalidade supera de longe a escolha dos cartões de crédito (apenas 19,7%, com maior concentração na zona centro-sul, com 26,9% de intenções), cartões próprios das lojas (4,6%), cartões de débito (2,4%) e até o crediário (0,7%). O cheque foi citado por apenas 0,2% dos entrevistados, sendo a principal forma de aquisição de presentes em shoppings e para a compra de CDs (100% das respostas). A faixa de preço do produto, na maior parte das questões, ficou entre R$ 21 e R$ 100.
Para o presidente da CDL-Manaus, Ezra Azury Benzion Manoa, o pagamento à vista inclui também o uso do cartão de débito – isso aumentaria ainda mais o percentual da modalidade na pesquisa. “É uma situação que atinge todas as classes sociais, que querem comprar camisetas mais baratas, por exemplo”, avaliou.
Mesmo com o crescimento dos grandes estabelecimentos comerciais fechados, o Centro ainda é o preferido da maioria dos pesquisados, com 44,2% de citações, em especial nas zonas norte (47,6%) e oeste (47,7%). Os shoppings centers e lugares similares respondem por 26,4% das respostas, principalmente entre os que têm nível superior completo (55,6%), enquanto o comércio do próprio bairro chega a 15,2% na preferência.
Segundo Ezra Azury, essa predileção pelo centro (sobretudo dos moradores da zona norte, onde há uma grande presença comercial) apenas indica que a região, ao contrário do que se pode imaginar, está longe de um processo de decadência por conta da concorrência dos shopping centers e centros comerciais na cidade. “A área tem um ponto forte: tem todas as lojas âncoras, como Marisa, C&A e Riachuelo. Como as confecções estão liderando a preferência, o Centro é um bom local para comprar roupas”, afirmou.
A alta preferência por compras de CDs em camelôs foi uma questão observada e que demandou mais cuidados por conta da pirataria.
A pesquisa foi executada sob a responsabilidade dos profissionais João Alves de Souza Filho, Silvana da Silva Morais e Moysés Mota.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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