Pesquisar
Close this search box.

Comerciantes querem ação urgente da prefeitura no Centro

Comerciantes querem ação urgente da prefeitura no Centro

Empresários do comércio localizado em torno da rua Joaquim Sarmento, área central da cidade, temem que o volume de vendas deste fim de ano fique comprometido devido à interdição do local desde abril por conta de obras da prefeitura. A situação piorou bastante nos últimos dias com as fortes chuvas.

Cerca de 500 comerciantes filiados à ACA (Associação do Comercial do Amazonas)  sentem-se totalmente prejudicados, desde o referido mês, após a ruptura na fundação de um prédio de três andares e solicitam a Prefeitura agilidade na demolição do imóvel, além de reforçarem a falta de estrutura e manutenção nas galerias.  “O rompimento  foi embaixo do prédio. Para estruturar a galeria precisa demolir, mas o processo está sendo feito de forma lenta e desorganizada. O entulho volta para a galeria entope e causa todo um transtorno. Tudo alagado”, detalha o presidente da ACA, Jorge Lima. Ele lembra que há uma semana, mais de 50 lojas ficaram alagadas, inclusive o estacionamento que teve mais de 19 carros submersos com perda total”.  

“Até o momento não tivemos respostas dos órgãos competentes. Já mandamos vários ofícios e nada. Não nos dão uma satisfação”. Segundo Jorge, os comerciantes cobram a entidade porque os prejuízos são evidentes. Considerando que o mês de dezembro é o melhor período para o comércio. “O comércio já vem sofrendo com a pandemia. A Black Friday não foi bem. E a nossa aposta, o Natal, que geralmente esperamos um movimento melhor, estamos nos deparando com esse problema”, frisou ele destacando que a situação já foi uma tragédia anunciada. “Eu expliquei que quando o período de inverno chegasse ia ceder ainda mais e seria mais difícil, está aí o resultado. Eles demoliram em cima de onde está obstruído, entupiram a galeria o que gerou todo alagamento na área. Um verdadeiro descaso da Prefeitura”.  Ele diz que nos noventa dias de pandemia as obras não afetaram tanto, mas com a reabertura do comércio o cenário mudou, mas que não pode continuar como está. É preciso urgência”.  

A imprensa esteve no local, nesta manhã (7), e observou uma manifestação organizada pela ACA junto com os comerciantes que estavam reunidos e reforçaram o apelo ao prefeito. “Que ele tome a frente do problema e dê atenção às ruas e galerias da região central da cidade para tentar amenizar os prejuízos do setor”.

Baixa nas vendas não é descartada 

Comerciantes temem comprometimento nas vendas de fim de ano devido ao alagamento no Centro

“A minha loja está largada. Alagou  pela segunda vez. Eu tenho mais de quinze funcionários. Como eu vou pagar se não tenho como trabalhar?. Estamos em dezembro, gente o mês de Natal. É o momento que esperávamos ter um fôlego para minimizar as perdas causadas pela pandemia. Estamos sofrendo com esse alagado no Centro da cidade”, desabafa Aly Bawab, empresário dono de vários estabelecimentos na área. 

Ele e os comerciantes da região, precisaram improvisar colocando tábuas e tijolos para que as pessoas pudessem atravessar as ruas e conseguirem locomover-se entre o encharcado. 

“Existem perdas, mas não conseguimos mensurar. Mas, se permanecer  todo esse transtorno, vai afetar bastante o movimento. Impossibilita as pessoas de andarem e dificulta o acesso.

Na percepção do empresário,a situação é um descaso total por parte do prefeito. “Infelizmente é o legado que o prefeito está deixando. A bandeira que ele defendia que era  revitalizar e mudar o centro da cidade caiu por terra. Está deixando um saldo negativo e o dinheiro foi pro ralo. Aliás, o Centro é uma bagunça geral. Eu percebi que entregaram os pontos e desistiram. E estão empurrando com a barriga o problema para a próxima gestão, lamentavel”.

Outro empresário do setor, diz que já é possível observar uma queda de 25% em relação ao mesmo período do ano passado. “O comércio ainda não se recuperou diante do quadro da pandemia. Agora, nos deparamos com um problema de infraestrutura. O que deve frustrar as nossas expectativas de melhoria nas vendas para o último mês do ano. O fluxo de consumidores seria muito significativo para gente”. 

Nota

Em nota a Seminf (Secretaria Municipal de Infraestrutura), disse: “Antecedendo os períodos de fortes chuvas que Manaus recebe neste período do ano, realiza manutenção preventiva nas galerias subterrâneas do Centro da capital. Por se tratar de área comercial a engenharia de infraestrutura e segurança realiza, também, vistorias constantes na rede de drenagem.

O acúmulo de lixo diário da área, levado pelo grande fluxo de águas pluviais da última semana, causou o entupimento dos bueiros e a rede de drenagem não recebeu a vazão correta das águas.

Equipes da Seminf já iniciaram o serviço de desobstrução das caixas coletoras e segue com a programação de vistoria preventiva da tubulação subterrânea”, diz o texto. 

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar