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Coligações confirmam polarização

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O fim do prazo dado pelo TSE (Tribunal Superior Eleitoral) aos partidos políticos para realizarem convenções e firmarem alianças, ao contrário de anos anteriores, não trouxe grandes surpresas ao cenário eleitoral pré-desenhado na última semana. Na noite de ontem (30) os dois principais candidatos ao governo do Estado, anunciaram oficialmente suas candidaturas, com o apoio de alguns nomes que eram tidos como potenciais “pedras nos sapatos”.
O candidato do PMDB ao governo do Estado, senador Eduardo Braga, ao anunciar alianças com Hissa Abrahão (PPS) e Rebecca Garcia (PP); e o candidato à reeleição pelo PROS, o governador José Melo, ao confirmar o apoio do deputado Henrique Oliveira (SDD) e do prefeito Arthur Neto (PSDB), muito mais do que agregarem peso político e, consequentemente votos, às suas candidaturas, excluíram do páreo alguns dos nomes de destaque em pesquisas de intenção de voto que poderiam desequilibrar a disputa. O vice-prefeito Hissa Abrahão desistiu de seu projeto majoritário em troca de apoio político do PMDB de Braga à sua candidatura à uma vaga na Câmara Federal. Já Rebecca e Henrique foram oficializados como vices nas chapas de Eduardo Braga e José Melo, respectivamente.
Ao Jornal do Commercio, a agora candidata a vice-governadora Rebecca Garcia explicou o por-quê da desistência de lançar candidatura própria e da aliança com Eduardo Braga –com quem teria tido discussões que inviabilizaram a sua candidatura à prefeitura em 2012.
“Durante um ano nós tentamos construir aqui no Amazonas um palanque para o candidato Aécio (Neves). A minha intenção era lançar uma candidatura própria, como vinha anunciando durante todo este tempo, mas infelizmente o PSDB local decidiu caminhar por uma direção que não é a minha, uma direção diferente. Sendo assim, abrimos conversas com vários partidos, inclusive com o PMDB. Esta aliança que está sendo construída, e que provavelmente acontecerá, nós entendemos que trará êxito para o nosso Estado”, disse.
Já Hissa Abrahão disse, durante evento que confirmou sua aliança com Braga, realizado na última sexta-feira (27), justificou a decisão dizendo que, apesar de aparecer bem colocado nas pesquisas que antecedem a disputa pelo executivo estadual este não seria “o momento ideal”.
“As pessoas diziam: você é o governador do futuro. Estou contigo, mas no futuro. Isso significa para mim que este não é o momento”, explicou Hissa.
Internamente, a decisão da executiva estadual do PPS gerou divergências. O deputado Luiz Castro, um dos principais opositores aos governos de Eduardo Braga e Omar Aziz na Assembleia Legislativa disse que, apesar de aceitar a decisão de seus correligionários, não irá “fazer palanque” para o senador.
“Havia pessoas com outras ideias. Eu entendia que o melhor seria coligar com o PSB, outros defendiam coligar com o PROS, mas acabou predominando esta coligação com o PMDB, que a gente aceita para não prejudicar o (candidato) Hissa (Abrahão), que defende o plano nacional do PPS de aumentar o número de deputados federais mais eu manifesto com clareza que não me sinto obrigado a pedir votos ao candidato ao governo desta coligação”, disse Luiz Castro, se referindo à candidatura alternativa do deputado Marcelo Ramos (PSB), anunciada no último dia 20.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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