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Chineses estudam investir no polo naval do Amazonas

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Um grupo de empresários chineses pretende investir na instalação de uma indústria siderúrgica em Manaus, além de construir um grande estaleiro. A informação é do Sindnaval (Sindicato da Indústria da Construção Naval em Manaus), que estima crescimento do número de empregos de 9.030 para 25 mil, caso pelo menos dois grandes estaleiros sejam erguidos na cidade.
No caso da siderúrgica, a ideia é aproveitar as instalações da antiga Siderama (Companhia Siderúrgica da Amazônia). O sindicato irá verificar com o ministro dos Portos, Pedro Brito, se esta possibilidade é aceitável. O presidente em exercício do Sindnaval, Matheus Araújo afasta a controvérsia que encerrou as atividades da Siderama há 13 anos, e lembra que a siderúrgica aventada pelos chineses será privada e com capital estrangeiro.
A comitiva chinesa deve chegar à capital amazonense em novembro. Segundo Araújo, mesmo que a área da antiga companhia não seja disponibilizada, a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) já propôs colocar outro terreno a disposição, com preço simbólico de R$ 1 por metro quadrado.
Outros países também se fizeram presentes no Estado para avaliar o mercado na região, como a Coreia, o Japão, a Argentina e a Polônia. “É apenas uma continuação de uma série de visitas que ainda estão por vir”, comentou o dirigente.

Alternativa econômica

O Amazonas, conta hoje com o segundo maior polo naval do país, perdendo apenas para o Rio de Janeiro. São 60 locais destinados à construção de navios, sendo oito de grande porte. Porém, estes não projetam navios, apenas grandes embarcações de 70 a 80 metros. “Com a chegada dos chineses, vamos instalar a primeira área para construção de navios no Estado”, afirmou Matheus Araújo, ao definir a região como a nova alternativa econômica do país.

Grupo empresarial espanhol pode ser o próximo a apostar na região

O presidente em exercício do Sindnaval conta que tem buscado apoio do Governo do Estado, mas, devido à época de eleições, as discussões foram adiadas. “Conversamos com os chineses para definir um posicionamento depois do período eleitoral”, ponderou.
Em sua ida à Espanha, Matheus Araújo convidou os dirigentes da indústria do país para conhecer a localidade amazonense. O grupo Acopafi, fabricante de sistemas para o interior de navios e instalações offshore, se interessou e chegou à região na última sexta-feira, 17, representado pelos empresários Alejandro Lago e Juan Rodrigues.
Segundo Alejandro, a comitiva tem visitado diversas cidades do Brasil para verificar as diferentes oportunidades. Caso venha a se instalar no Estado, o grupo pretende, inicialmente, investir em torno de 1 milhão de euros na região. “Nossa previsão é tomar uma decisão antes do final do ano. A partir daí, a ideia é nos estabelecer em pelo menos seis meses”, comentou.
Atuante há oito anos, a empresa pretende trabalhar no acabamento dos interiores das embarcações. Mesmo sem uma decisão, há uma grande possibilidade do grupo escolher Manaus para o empreendimento. De acordo com o dirigente do Sindnaval, os empresários se surpreenderam com a estrutura da cidade. “Eles já chegaram comigo e falaram: Poxa, Manaus é tudo isso?”, salientou, acrescentando que esta é a primeira comitiva de mais 40 espanhóis que devem vir a região.
Lugo comenta que, em comparação à muitas cidades europeias, teve uma surpresa positiva do andamento da capital amazonense. “Achamos que é uma área importante do ponto de vista dos incentivos fiscais e agora, de exportação. Além de ser um local satisfatório para o negócio que queremos fazer”, finalizou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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