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Quase 29 mil reclamações e denúncias

De janeiro a junho deste ano a CVM (Comissão de Valores Mobiliários) recebeu 28.932 reclamações e denúncias dos investidores do mercado de capitais que geraram a abertura de 457 processos administrativos, dos quais 282 vieram de atendimentos feitos por meio da internet. As informações constam do primeiro Boletim Semestral de Orientação e Defesa ao Investidor (Prodin), divulgado na segunda-feira, 20. O número representa mais da metade dos atendimentos feitos pela CVM no ano passado, de 48.679.
As queixas relativas à negociações com valores mobiliários lideraram os assuntos reclamados nos processos abertos em decorrência de denúncia de investidores, correspondendo a 35,73% do total. O superintendente de Proteção e Orientação aos Investidores da CVM, José Alexandre Vasco, disse à Agência Brasil que as reclamações envolvem a transmissão ou execução de ordens incompletas. “Há casos também de operações realizadas sem o conhecimento do investidor. Esse é um dos casos que geram a abertura de processos, para que se averigue se aquilo de fato ocorreu”, disse.

Fundos de investimento

Em seguida, aparecem as reclamações sobre os fundos de investimento, das quais grande parte é referente ao Fundo 157 (15,17%), dificuldades na obtenção de informações sobre posição acionária (10,80%), demora na transferência de ações (7,46%), ofertas irregulares (5,14%) e medidas adotadas por controlador ou administrador de companhia (3,34%). Esse tipo de processo resultante de reclamações de investidores está disponível para consulta no site da CVM, destacou Vasco.
A TOV Corretora deteve o maior número de processos instaurados no primeiro semestre deste ano (36 ou 9,25% do total). Seguem-se o conglomerado Banco do Brasil, com 33 processos; o Grupo Bradesco (29 processos); Itaú Unibanco (19 processos). A distribuidora de títulos e valores mobiliários BNY Mellon e o conglomerado Banif aparecem entre os que tiveram o menor número de processos (9) no período pesquisado, equivalente a 2,31% do total cada um.
Um dos objetivos da CVM é orientar cada vez melhor o investidor para que ele possa saber atuar no mercado de capitais. Vasco lembrou que a primeira publicação de alerta ao investidor da CVM, feita em agosto do ano passado, abordou o mercado Forex, que abrange operações virtuais baseadas na compra e venda simultânea de moedas aos pares.
“Chegamos à conclusão da necessidade dessa publicação para orientar os investidores a partir das reclamações recebidas do público”, disse. Segundo o superintendente, esse conjunto de denúncias recebidas do cidadão ajuda a orientar não apenas a supervisão, mas a própria atividade educacional da CVM”, encerrou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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