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Cervejaria Rio Negro – sabor universal com cara amazônica

Por Lílian D’Araujo 

@lydcorr 

O segmento de bebidas alcoólicas conseguiu sobreviver e, em alguns casos, até crescer durante a pandemia. Mas, essa realidade não é para todos. As cervejarias artesanais vivem um cenário diferente. Além das dificuldades enfrentadas durante os 2 anos de oscilação por conta da Covid-19, hoje ainda buscam se recuperar do tombo nas vendas e queda na produção. Para conversar sobre esse assunto, o programa/podcast Trends JC recebeu, nesta quarta-feira (22), o cervejeiro e CEO da Cervejaria Rio Negro, Bruno César Silva. O paranaense casado com uma amazonense falou sobre o mercado de cervejas artesanais e revelou planos da empresa para os próximos meses.

Bruno César é um apaixonado pela cerveja e especialista em cachaça. Ele está à frente da empresa que carrega o nome de um dos cartões-postais da Amazônia, o Rio Negro e estampa uma indígena em sua marca. É uma empresa amazônica na essência e na imagem. No entanto, o que vinha muito bem foi impactado negativamente pela pandemia. Cortes de postos de trabalho e pontos de distribuição e queda na produção e vendas, foram alguns dos problemas. “Tivemos que reduzir gastos e quadro, mas conseguimos chegar até aqui. Estamos vivos, sólidos e agora lidando com as contas, mas com a alegria de ter voltado a funcionar normalmente. Não estamos no momento pré-pandemia, mas estamos numa crescente”, avaliou Bruno Silva. 

Apesar do sentimento de reaquecimento da economia, o impacto da inflação, aumento do dólar, alta nos valores dos insumos e a escassez no frete têm segurado a retomada da indústria de cervejas artesanais. 

A cervejaria hoje conta com 19 funcionários, 9 rótulos de cervejas engarrafadas e está presente em 80 pontos, recuperando o cenário impactado. “Já chegamos a 130 pontos e perdemos muitos parceiros nessa pandemia, mas já começamos a recuperar. Estamos agora pagando as contas dos programas governamentais de fomento que nos ajudaram a manter a empresa”, afirmou, lembrando que a importação dos insumos usados na fabricação das cervejas também tem sido um desafio. “Essa questão da guerra também está impactando, por conta dos insumos que, para chegar até aqui, estão mais caros e mais escassos”.

A cervejaria Rio Negro produz, hoje, em torno 60 mil litros por mês. Essa produção já chegou a 100 mil litros por mês e a capacidade ainda não foi esgotada. A empresa atua como produtora, distribuidora e tem suas lojas próprias, onde o cliente pode degustar as cervejas. Também há o serviço de delivery de chopeiras em festas e residências.

A meta agora é diversificar a planta energética da empresa, aderindo à energia solar e reduzir emissões de carbono, tornando-se ainda mais sustentável.

Durante a entrevista, Bruno falou sobre a diferença entre as cervejas artesanais e industriais, deu dicas de harmonização das cervejas Rio Negro com alguns pratos e revelou que a cervejaria pode personalizar rótulos e até sabores a gosto do cliente e falou sobre as ‘cervejas ciganas’, feitas por outros grupos pequenos, em que a Cervejaria Rio Negro atua como uma incubadora. “Nosso desejo é que os jovens cervejeiros produzam suas cervejas”, garantiu. Quer saber mais sobre esse bate-papo? acessa a entrevista na íntegra nas redes do JCAM Streaming e abre uma cerveja gelada para curtir a conversa.

Siga: @adrianne.oliveiras @jcommercio @brunomanaus @cervejariarionegro

Lílian Araújo

É Jornalista, Artista, Gestora de TI, colunista do JC e editora do Jornal do Commercio
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