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Se liga no folclore, pois é São João!

O folclore amazonense foi o tema do bate-papo descontraído do Trends JC, na última sexta-feira, 17, nos estúdios do JCAM Streaming, na sede do Jornal do Commercio. O convidado especial, José Santos, presidente da Liga Independente dos Grupos Folclóricos de Manaus, conversou sobre o cenário atual do folclore manauara, as competições que estão acontecendo no momento e sobre a realidade dos grupos.

O período de São João está em pleno andamento e podemos ver, espalhadas pela cidade, festas tradicionais e apresentações dos grupos folclóricos manauaras. Mas, fora o lado do entretenimento, as batalhas nas arenas já começaram e valem muito para os folcloristas. Está acontecendo, no Centro Cultural Povos da Amazônia (CCPA) o 64° Festival Folclórico do Amazonas, que reune grupos tradicionais, como o Café da Redenção (dança nacional), Daraj (dança internacional), Caipira da Roça da Betânia (quadrilha tradicional), Barés (tribo), Reis do Faroeste (quadrilha de duelos) e Jurupixunas (cacetinho), entre outros. O objetivo é mostrar arte e tradição, mas também concorrer nas categorias prata e bronze. 

“É uma emoção muito grande voltar às arenas e às apresentações. A gente quase não conseguiu se preparar a tempo, mas os folcloristas são guerreiros por natureza e deu tudo certo”, disse José Santos.

Adrianne Oliveira, José Santos e Lilian D’Araujo

Ele explica a Liga Independente engloba todos os tipos de grupos, tribos, cacetinhos e quadrilhas (tradicionais, duelos e cômica). “Sou remanescente da tribo Manaú, há 20 anos e há 7 anos como presidente da Liga. Minha mãe fazia parte também era parte da Liga. Hoje pelo edital temos 48 pessoas vinculadas a tribo”, diz.

No contexto, a tribo folclórica funciona como uma indígena, desenvolvendo sua cultura e abraçando suas danças e cantos. “Eu adoro o Festival Folclórico e movimenta toda a cidade e as famílias. A ciranda é rica em música, fantasias, danças e remetem à nossa infância”, explicou José Santos.

Para esse primeiro Festival, após dois anos parados por conta da pandemia, os folcloristas estavam ansiosos para voltar aos palcos. “Nos preparamos do jeito que deu para recomeçar nossa tradição na época de São João. Mas, geralmente, nos bairros mesmo, as danças dos grupos levam de 3 a seis meses de ensaio e treino”, contou. 

O atual festival envolve as categorias prata e bronze, que são abaixo da categoria ouro, que deve acontecer no próximo mês. “Está sendo um sucesso. Há uma concorrência grande pelo topo do sistema folclórico, iniciado por este festival, e já fomos visitados por mais de 20 mil pessoas nesta primeira parte no CCPA”, disse.

Envolvido nos grupos, há mais de 130 grupos com cerca de 40 pessoas, em média, segundo o presidente José Santos. “É uma emoção ver nossos parceiros de dança novamente, principalmente depois de tanto tempo parado. Foi muita correria, desde a confecção das roupas até os ensaios”, afirmou Santos.

Ao todo, 72 grupos de danças, representados por suas respectivas ligas ou associações contemplados por meio de edital, estão participando desta edição do festival, sendo 49 da categoria Prata e 23 da Bronze. Também contemplados pelo edital lançado pela Prefeitura de Manaus, os bois-bumbás Galante, Garanhão e Corre Campo, integrarão a programação da categoria Ouro.

Durante entrevista no estúdio do Trends JC, o presidente da Liga Independente e do portal Se Liga na Liga prometeu voltar nas próximas semanas com grupos de dança e nos ensinar, na prática, a diferença entre as categorias e estilos de quadrilhas. Afinal, é tempo de brindar o nosso folcóre e pular fogueira no São João.

Lílian Araújo

É Jornalista, Artista, Gestora de TI, colunista do JC e editora do Jornal do Commercio
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