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Centro Histórico de Manaus entre os melhores do Brasil

O tombamento do Centro Histórico de Manaus foi homologado pelo Ministério do Turismo (MTur), é mais uma etapa do processo de reconhecimento do conjunto urbano, protegido pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) desde 2012. O espaço abrange uma área entre a orla do Rio Negro e o entorno do Teatro Amazonas, de forma a manter “os aspectos simbólicos e densos de realizações artístico-construtivas”. 

O local inclui “uma fração urbana formada por edificações do período áureo da borracha, mesclada a edifícios modernos e representa um dos maiores testemunhos de uma fase econômica ímpar no Brasil, quando a exploração do látex proporcionou o incremento da industrialização em escala mundial”.

Os monumentos refletem o espírito da Belle Époque, no auge do ciclo da borracha, quando o Brasil exportou 42 mil toneladas do insumo em um único ano, dinheiro que financiou boa parte do conjunto urbano e a capital amazonense passou a ser conhecida como a metrópole do látex. A arquitetura e o urbanismo característicos do conjunto foram criados entre os séculos XIX e XX. A partir de 1892, o governo de Eduardo Ribeiro passou a coordenar a implantação de serviços de transporte coletivo de bondes elétricos, telefonia, eletricidade e o porto flutuante, que passou a receber navios de diversas bandeiras. 

O ministro do Turismo, Gilson Machado Neto, destaca a importância da ampliação de áreas protegidas em todo o país. “A homologação do tombamento do Centro Histórico de Manaus reflete um compromisso do nosso governo com a proteção e preservação da história e identidade do povo brasileiro. Este ato inclui, definitivamente, Manaus no rol das cidades históricas do Brasil”, ressaltou Machado Neto.

De acordo com o Iphan, a preservação do local, que configura o “coração urbano da cidade”, garante a manutenção de seu patrimônio singular e integro, além de incluir Manaus no rol das cidades históricas do Brasil, com inscrição no Livro de Tombo Histórico e no Livro de Tombo Arqueológico, Etnográfico e Paisagístico.

Entre 2017 e 2021, o Iphan analisou 374 propostas de intervenção dentro do perímetro protegido da cidade amazonense. O conjunto urbano recebeu investimentos, da autarquia e do governo federal, totalizando R$ 9 milhões nas ações do âmbito do Programa de Preservação de Cidades Históricas. Ao todo oito ações contaram com a participação do Iphan, em parceria com a Prefeitura de Manaus, como: Transferência do Pavilhão Universal da Praça Terneiro Aranha para a Praça Adalberto Vale; Requalificação urbanística da Praça XV de Novembro (Praça da Matriz) e Relógio Municipal; Requalificação urbanística da Praça Dom Pedro II; Restauração da Biblioteca Municipal João Bosco Pantoja Evangelista; Restauração do Antigo Hotel Cassina (Centro da Inovação Cassina); Antiga Câmara Municipal (Centro de Arqueologia); Requalificação urbanística da Praça Adalberto Vale; Requalificação urbanística da Praça Terreiro Aranha.

Foto/Destaque: Divulgação

Soraya Cohen

é editora da coluna Turiscando
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