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Brasileiros planejam reduzir gastos

Apesar de a renda de 87% da população brasileira ter permanecido estável ou ter aumentado nos últimos 12 meses, 60% das famílias pretendem reduzir o consumo por receio de que haja uma retração da economia.
Os dados são de uma pesquisa da CNI (Confederação Nacional da Indústria) em parceria com o Ibope, divulgada ontem.
Outro fator que desestimula o consumo é o endividamento, que aflige 41% dos consumidores. Desse total, 38% estão com prestações em atraso e no caso de 55% dos endividados, o valor da dívida é maior do que o observado um ano atrás.

Gastos

Com o orçamento comprometido, muitos pretendem reduzir os gastos. Nas despesas com serviços, os primeiros a serem eliminados são os gastos com lazer, viagens e hobbies, como as academias para as práticas esportivas.
Mais de 18% da população reduziram as despesas com esses serviços nos últimos três anos. No caso de saúde e cuidados pessoais o corte foi de 10%. No entanto, 78% dos brasileiros que não têm um plano de saúde não pretendem contratar um nos próximos meses. Apesar de 60% alegarem que pretendem reduzir gastos (60%), 63% disseram que vão comprar pelo menos um bem durável ou um imóvel, ou vão fazer uma viagem até o fim de 2012.
Materiais de construção, automóveis e computadores são os itens que devem ter a maior demanda. Mas os gastos poderiam ser maiores se os trabalhadores tivessem ganhos salariais. Mais da metade dos entrevistados (55%) disseram que consumiriam mais se o salário aumentasse.

Credores

Do total de endividados, 41% devem para um banco. Outros 31% devem para lojas que venderam os produtos e 29% devem às administradoras de cartão de crédito.
Além disso, 15% devem às financeiras e 8% têm dívidas com amigos e parentes. O total soma mais de 100%, pois era possível marcar mais de uma opção.

Juros

A redução dos juros não foi suficiente para estimular o aumento dos gastos. Entre os entrevistados, 58% disseram que não vão consumir mais porque os juros caíram.
Continua tendo força entre a população o pensamento de que mais importante do que ter juros baixos é a prestação caber no bolso.
Entre os entrevistados, 69% disseram concordar com essa afirmação.
Mas, para 64%, as compras a prazo devem ser reservadas para bens de alto valor, como imóveis e móveis.
Para os gastos em geral, 55% dos brasileiros dizem que a melhor opção é comprar quando tiver o dinheiro para pagar à vista e, assim, evitar o pagamento de juros.

Renda

A pesquisa aponta que 28% dos brasileiros tiveram aumento da renda familiar nos últimos 12 meses.
As pessoas com rendimento superior a dez salários mínimos foram as que mais tiveram ganhos (47%), contra 17% no caso dos que recebem até um salário mínimo.
Para a maioria dos trabalhadores (59%), a renda do domicílio permaneceu inalterada nos últimos 12 meses.
Apenas 12% das pessoas estão vivendo com menos e 1% dos entrevistados não quis responder.
O levantamento mostra ainda que 86% das pessoas acreditam que a situação financeira deve encerrar 2012 igual ou melhor que no ano passado.
A pesquisa CNI-Ibope foi feita com 2.002 eleitores em 141 municípios brasileiros. As entrevistas s foram feitas entre 16 e 19 de junho deste ano.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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