Empresários brasileiros estão em Havana (Cuba) para identificar oportunidades de negócios com estatais cubanas, nos setores de energia, construção, alimentos, siderúrgico e medicamentos.
O titular do Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior), Miguel Jorge, chefia a missão oficial, articulada pela ABDI (Agência Brasileira de Desenvolvimento Industrial). “As parcerias podem acontecer de diversas formas: investimento, cooperação, troca de tecnologia, de conhecimento”, avaliaou o presidente da ABDI, Reginaldo Arcuri.
O objetivo da viagem é promover o aumento do comércio bilateral e dos investimentos brasileiros no país. Participam da delegação representantes de 14 empresas dos setores de energia, construção, alimentação, siderurgia e medicamentos. Na próxima quarta e quinta-feira, o ministro participará de encontros empresariais e de reuniões com autoridades do governo cubano.
Cuba, que inicialmente dependia do turismo, da exportação de charutos e de níquel para sobreviver, desenvolveu um vigoroso setor de saúde capaz de alavancar a economia da ilha. Desde 2004, a economia cubana tem crescido a taxas muito superiores à média da América Latina.
O PIB do país cresceu 11,1% em 2006 e 7,3% em 2007. No entanto, a devastação causada pelos furações Gustav e Ike, que atingiram a Ilha em setembro de 2008, teve relação direta com o baixo crescimento econômico de 2008: 4,3%.
Comércio bilateral
A corrente de comércio entre Brasil e Cuba atingiu US$ 131 milhões no primeiro semestre deste ano, 46,7% menos do que os US$ 245.6 milhões do mesmo período de 2008. O saldo comercial foi favorável ao Brasil, contabilizando US$ 97.8 milhões, valor inferior ao registrado nos seis primeiros meses do ano anterior, US$ 225.6 milhões.
No acumulado janeiro-junho de 2009, as exportações brasileiras para Cuba somaram US$ 114.4 milhões, o que representou queda de 51,4% sobre o mesmo período de 2008, quando as vendas externas para o país totalizaram US$ 235.6 milhões.