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Banco de DNA vai rastrear pessoas desaparecidas

Enfrenta-se uma dura realidade, tão preocupante que tem sido alvo de várias mobilizações em todo o Brasil, reunindo praticamente todos os segmentos da sociedade. Cresce a cada dia o desaparecimento de pessoas. São casos tão misteriosos que representam grandes desafios para as investigações. E muitas vezes não são solucionados, caem no esquecimento. 

Os casos também são preocupantes no Amazonas. Pelo menos 60% das ocorrências hoje registradas são de meninas com faixas etárias dos 12 aos 17 anos, segundo dados divulgados, ontem, pela SSP-AM (Secretaria de Estado de Segurança Pública do Amazonas).

O 25 de maio marca o Dia Internacional de Crianças Desaparecidas, uma forma de alertar a sociedade mundial sobre cuidados, riscos e o que fazer diante desses episódios tão tristes. Imaginem ver um filho, mãe, pai, amigos, ou outros parentes, pessoas que se estima tanto, saírem e não voltarem mais para casa! E muitos decidem abandonar tudo, sem dar notícias.

As especulações são tantas que até beiram a teorias de conspiração. Foram vítimas do tráfico internacional de órgãos, da ação de milícias, de traficantes ou cooptados pelo crime organizado? São tantas as perguntas, questionamentos, que fica difícil respondê-las. Cabe, então, investigar, mesmo que os trabalhos não tenham sucesso. É uma resposta à sociedade que clama sempre por proteção.

O problema existe a olhos vistos. Ronda todas as famílias. Tanto que a SSP-AM resolveu criar um banco de DNA de familiares de pessoas desaparecidas, uma medida para tentar localizar as pessoas que somem.

A ação faz parte da campanha nacional do Ministério da Justiça, lançada ontem em todo  o País. Serão coletados materiais genéticos de familiares dos desaparecidos.  A mobilização tem como símbolo a flor miosótis – que significa ‘Não-te-esqueças-de-mim’-, representando a criança desaparecida como um símbolo mundial.

Só no ano passado, foi registrado o desaparecimento de 555 pessoas no Amazonas (367 ou 66% do sexo masculino e 188 do feminino), apontam os últimos dados da SSP-AM. Desse total, apenas 285 foram localizados.

Até abril de 2021, houve 149 desaparecimentos (90 do sexo masculino e 59 do feminino) no Estado. Os casos podem ser registrados em qualquer delegacia, preferencialmente no Deops (Delegacia Especializada em Ordem Política e Social), no caso de adultos, e na Depca (Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente), nas  ocorrências envolvendo menores.

A orientação é notificar o mais cedo possível o caso, em menos de 24 horas.

É hora de mais reflexão e dedicar uma maior atenção para as nossas crianças e adolescentes. E, claro, também para os adultos!

Foto/Destaque: Divulgação

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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