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Baixa qualificação inibe preenchimento de vagas no mercado de trabalho

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O nível de emprego com carteira assinada no Amazonas alcançou mais de 138 mil admissões, variação positiva de 8,08% entre janeiro e outubro num comparativo ao mesmo intervalo do ano passado. O percentual representa saldo acumulado de 25,02 mil novos postos no mercado de trabalho formal.

O resultado, divulgado pe­la Setrab (Secretaria de Estado do Trabalho), faz parte do levantamento do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados) e chama atenção para o mês de outubro, quando 16.350 pessoas foram admitidas contra 11.624 demissões.

A base do estudo da Setrab aponta para a grande oferta de oportunidades no mercado de trabalho que o Estado teve no acumulado dos dez primeiros meses deste ano. De acordo com o órgão, das 8.217 vagas, apenas 3.492 foram preenchidas entre janeiro e outubro deste ano, ou seja, o Amazonas acumulou, até o momento, 4.725 vagas no mercado formal.

No período analisado pelo Caged, quase 28 mil carteiras de trabalho foram expedidas no Amazonas, das quais 15.334 ou 54,87% representam mão-de-obra masculina. Já as mulheres tendem a ampliar sua participação no mercado de trabalho em mais de 22% em relação ao ano passado.

Melhor desempenho

A titular da Setrab, Iranildes Gonzaga Caldas, afirmou que, diante da sustentabilidade observada no processo de criação de empregos, é plenamente possível vislumbrar que o Amazonas encerrará o ano de 2007 com um dos melhores desempenhos da década na criação de emprego formal.

A executiva, lembrando dados do Caged, afirmou que o Estado experimenta um novo ciclo de crescimento nas taxas de empregos formais com a criação de 2.274 novos postos, impacto positivo de 0,73% no crescimento acumulado de janeiro a outubro em relação ao mesmo período de 2006.
Mas, apesar do saldo positivo na oferta de emprego deste ano na capital, assegurado pelos números da construção civil, indústria e comércio, Ira­nildes Caldas destacou que não­ se pode ficar alheio às variações na oferta de trabalho re­gistradas no último triênio.

“Temos de lembrar principalmente a queda da oferta­ no setor de serviços que, no nosso entendimento, tem si­do o calcanhar de Aquiles do quadro de oferta de postos trabalho no Amazonas”, ressaltou a executiva.

Cumprir metas

A expectativa da Setrab, segundo Iranildes Caldas, está em cumprir a meta prevista pelo MTE (Ministério do Trabalho e Emprego), na qual o Amazonas aparece com uma variação acumulada de empre­gos de 4,73%, com saldo de 14.124 mil postos de trabalho nos últimos 12 meses.

“O saldo positivo serve de incentivo para que a gente desenvolva programas de capacitação e formação de políticas de trabalho e estrutura da re­de de atendimento ao trabalhador. Com isso, estaremos redimensionando o mundo do trabalho formal e dando incentivo às forças produtivas no Amazonas, criando mecanismos de encaminhamento para as empresas do setor, de­senvolvendo cursos de qualificação e capacitação”, informou a secretária.

No período de janeiro a outubro de 2007, a Setrab inseriu 3.492 pessoas no mercado de trabalho. “Pela estimativa da mé­dia mensal vamos inserir, até o fim de dezembro, mais de 700 cidadãos no mercado de trabalho”, disse Iranildes.

Sindicato está preocupado

Para o presidente do Sin­dicato dos Metalúrgicos do Amazonas, Waldemir San­ta­na, a sobra de vagas no mercado local é preo­cupante por­­ refletir um despreparo da­­ mão-de-obra em relação à­­ demanda das indústrias do PIM (Pólo Industrial de Manaus). O dirigente afirmou que, entre os problemas mais frequentes na hora da inserção no mercado, está a falta de conhecimentos técnicos in­dustriais que impede uma maior absorção de trabalhadores nas empresas locais.

“Manaus precisa de mecânicos, pedreiros, soldadores, eletrônicos, entre outros, e não temos pessoal suficiente para cobrir as necessidades das indústrias do PIM”, ressaltou o sindicalista.

Mão-de-obra importada

A premência de mão-de-obra qualificada, afirmou San­tana, “

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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