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Apesar da crise, Brasil continua atraindo novos investidores

O Brasil continua gerando interesse entre os grandes investidores internacionais, apesar da instabilidade política entre os poderes da República. Ontem, o presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o total de investimentos de fundos árabes no Brasil se aproxima de US$ 20 bilhões. Acrescentou que a participação brasileira na Expo Dubai gerou negócios com a previsão de investimentos de US$ 10 bilhões.

“O mundo árabe constitui o terceiro maior mercado para o Brasil no exterior, atrás apenas da China e dos Estados Unidos. A corrente de comércio entre o Brasil e os países da liga árabe alcançou, em 2021, mais de US $ 24 bilhões, um recorde na série histórica. Esse número deve seguir aumentando. De janeiro a abril, as exportações do Brasil para o mundo árabe saltaram de US$ 4 bilhões em 2021 para US$ 5,2 bilhões em 2022”, declarou, em discurso gravado para abertura do Fórum Econômico Brasil & Países Árabes, em São Paulo. 

Na avaliação de Bolsonaro, a relação do Brasil com mundo árabe tem se intensificado ao longo dos anos. Atualmente, há 18 representações diplomáticas nos 22 países que integram a liga árabe. No Brasil, a comunidade árabe reúne 10 milhões de pessoas.

“Em um momento no qual a comunidade internacional busca esforços para garantir a segurança alimentar do mundo, o elo entre o Brasil e o mundo árabe se fortalece. Nem diante dos desafios impostos pela pandemia deixamos de desempenhar o nosso papel no suprimento de alimentos. O Brasil é hoje o maior exportador de proteína halal no mundo. Além do comércio de carne de frango e bovina, cresce igualmente a nossa exportação de açúcar, soja e trigo. Por outro lado, 26% dos fertilizantes que abastecem o agronegócio brasileiro vêm do mundo árabe        , explicou o presidente.

De acordo com Bolsonaro, a Argélia foi, em 2021, o principal parceiro comercial do Brasil no continente africano. O Egito, um dos maiores mercados para carne bovina brasileira no mundo, é o primeiro destino das exportações brasileiras na África.

“Em matéria de importações, nosso principal fornecedor no continente africano tem sido o Marrocos, país que hoje ocupa a posição de terceiro maior provedor de fertilizantes do Brasil, atrás de Canadá e Rússia”, afirmou o presidente.

A quarta edição do Fórum Econômico Brasil-Países Árabes é promovida pela Câmara de Comércio Árabe-Brasileira. A iniciativa é dedicada aos temas da relação bilateral entre o Brasil e os 22 países que formam a Liga dos Estados Árabes.

Haverá reuniões bilaterais com delegações empresariais do Líbano, Emirados Árabes Unidos, Egito, Kuwait, Jordânia e outros países, com a participação de pelo menos 120 empresários.

Vários investidores já manifestaram que pretendem trazer seus negócios para o Brasil, o que deve acontecer ainda este ano e a partir de 2023. As expectativas de mercado são muitas, segundo analistas econômicos.

Perfil

Agora, não há razão para gasolina cara

O governo do Amazonas reduziu a alíquota do ICMS de 25% para 18% incidente no gás natural, na energia elétrica e nos serviços de comunicação. O mesmo percentual vale também para os combustíveis, anunciou a Sefaz. Agora, a grande expectativa é se o varejo vai repassar a redução para os preços da gasolina, do etanol e do diesel. Há postos em Manaus que já aderiram aos novos valores, bem abaixo do que o usuário costuma pagar para abastecer o veículo. Mas nem todos.

O Estado adere à política do governo Bolsonaro de limitar a incidência do imposto para forçar a queda nos preços, cujos aumentos em série conspiram contra o seu projeto político pela reeleição. Porém, outras regiões resistem às medidas sob o argumento de que a arrecadação será afetada substancialmente, diminuindo os recursos destinados para a saúde, educação, entre outras demandas do setor público. E não abrem mão dessa gorda receita. O certo é que todos estão cansados de tanta reação em cadeia a cada reajuste no segmento. Eleitoreira ou não, a medida tem seu lado positivo.

Diesel

Ontem, trabalhadores e representantes de empresas que fazem o transporte rodoviário de Manaus para Presidente Figueiredo e Manacapuru fizeram uma manifestação pedindo socorro ao governo para continuar operando. Segundo a categoria, o alto preço do diesel inviabiliza a manutenção dos serviços, ameaçando deixar os dois municípios sem ônibus e ainda outras três cidades. Eles alegam que as passagens estão congeladas desde 2018, impactando nos custos. A situação se afunila.

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E não é que Bolsonaro aumentou para 75% as verbas publicitárias destinadas para a Rede Globo, emissora com quem tem travado vários embates, situações que culminaram até com agressões a jornalistas. A emissora se ressentia da pequena fatia, algo que a motivou a desencadear uma perseguição acirrada e implacável contra o presidente. Infelizmente, o jornalismo tem dessas coisas. Mas não devemos generalizar. Há veículos que traçam sua atuação com muita seriedade e isenção.

Audiência

Atendendo a uma proposta do deputado Sinésio Campos (PT), a Assembleia Legislativa realizou, ontem, uma audiência publica para avaliar a situação do Porto de Manaus, principalmente sobre a cobrança de taxas com altos valores para embarque e desembarque de passageiros. O encontro reuniu representantes de aquaviários, dos transportes, a Marinha Mercantes, da prefeitura e do governo do Amazonas. O certo é que a estrutura é antiga. Parece inadequada para operar na capital. Vale investigar.

TJAM

O TJAM já tem nova presidência. Ontem, Flávio Pascarelli assumiu o cargo no lugar do desembargador Domingo Chalub, que atuou durante a fase mais aguda da pandemia no Estado. O governador Wilson Lima (UB) participou da cerimônia de posse, desejando ao novo dirigente sucesso no comando do Judiciário. Não é a primeira vez que Pascarelli preside o tribunal. Há quatro anos, ele também exerceu a função. Outros desembargadores de sua equipe também foram empossados.

Baixaria

O encontro do PSOL para decidir sobre os rumos do partido nas próximas eleições foi marcado por muita baixaria. A reunião aconteceu, no fim de semana, no Salão dos Espelhos do Palácio Rio Negro. Os militantes se desentenderam. E muitos saíram até no tapa, tumultuando as discussões. O que teria motivado a briga é que certos filiados reclamaram por não ter direito a voz nos debates, acirrando os ânimos. Inclusive uma cadeira foi arremessada por um dos desafetos. Que exemplos dão ao eleitor.

Garimpo

O garimpo ilegal volta a agir no Juruá, uma das regiões mais resguardadas da Amazônia e protegidas por diversas unidades de conservação. Mesmo assim, balsas de garimpeiros já ocupam aquelas áreas, dentro da Resex (Reserva Extrativista), a sudoeste do Estado. O local que está sob a mira dos garimpeiros abrange aproximadamente 1.880 quilômetros quadrados, segundo comunidades. As forças de segurança devem agir rapidamente. A atividade ameaça a rica biodiversidade.

Mortes

Morreu, ontem, em São Paulo, o cardeal Cláudio Hummes, aos 87 anos, franciscano que defendeu os povos indígenas e influenciou na escolha do nome do papa Francisco. Ele fazia tratamento de um câncer. Em Manaus, morreu o médico Theodoro Rogério Pazini Ozores, presidente do Movimento Amigos do Garantido. Lideranças se manifestaram pelas redes sociais lamentando as mortes. O religioso deixou um grande legado na luta pelos povos tradicionais. O bumbá destacou a atuação de Rogério.

Assédio

O escândalo sobre os casos de assédio sexual ainda está rendendo na Caixa Econômica. Depois do demitido presidente Pedro Guimarães, outras cabeças também vão rolar na instituição. As denúncias atingem membros da diretoria que até dias atrás continuavam incólumes. O cerco cresce com o depoimento de novas testemunhas. E uma delas disse que existem dezenas de Pedros no banco, que se comportam com muita arrogância, hostilizam funcionários, além da importunação por sexo. Incrível.

FRASES

“Estamos fazendo entregas históricas”.

Wilson Lima (UB), governador, sobre novos equipamentos para a área de segurança.

“Caixa vai apurar denúncias com rigor”.

Daniella Marques, nova presidente do banco, comentando casos de assédio sexual.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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