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Amazonenses pagam a segunda cesta básica mais cara do país

Os amazonenses estão entre os que mais gastam em supermercados, pagando a segunda cesta básica mais cara do país com um valor próximos aos R$ 288. A constatação feita pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados), apontou ainda que, na hora de encher o carrinho de compras, a escolha do consumidor local não se restringe aos alimentos básicos, mas inclui também produtos que indicam maior preocupação com bem-estar e conforto dentro de casa.
Além disso, o estudo da Abras apontou que o comportamento dos consumidores amazonenses elevou o crescimento de 3,56% para 4,74% o nível das vendas no primeiro semestre deste ano.
Sobre o aquecimento nas vendas, a assessoria de imprensa do grupo Carrefour disse ao Jornal do Commercio em nota assinada pelo diretor-presidente da rede no Brasil, Jean-Marc Pueyo, que a empresa liderou o ranking das 20 maiores redes de supermercados do país em 2008 e que espera obter igual resultado este ano. Embora tenha preferido não revelar números ou estimativas, a nota afirma que o grupo teve aumento de 16,7% no faturamento bruto, que foi de R$ 22,4 bilhões no ano passado.
“Os investimentos previstos para 2009 e 2010 somam cerca de R$ 2 bilhões, momento em que deverão ser inauguradas mais 70 lojas em todas as bandeiras exploradas pelo grupo no país”, traz a nota.
Em relação ao nível de vendas, a Abras apontou que o setor supermercadista local fechou junho com crescimento de 3,72%, em relação a igual período de 2008. Em comparação a maio deste ano, entretanto, houve queda de 4,31%.
No acumulado do primeiro semestre de 2009 em comparação com o mesmo período do ano anterior, o resultado chega a interessantes 4,18% já descontados o IPCA (Índice de Preço ao Consumidor Amplo) de acordo com o levantamento.

Vendas continuam em patamar elevado

Na avaliação do presidente da Abras, Sussumu Honda, as vendas no primeiro semestre no geral continuam em um patamar elevado, principalmente em comparação a um cenário econômico ainda de recuperação em todos os Estados.
Os amazonenses, à semelhança de outros consumidores brasileiros, mantiveram como prioridade as compras de alimentos para proporcionar à família uma mesa farta em tempos de incerteza, segundo o executivo.
Honda disse estar otimista para revisar para cima a expectativa de vendas para o setor em 2009, principalmente porque o cenário econômico tanto nacional quanto local melhorou consideravelmente. “A única ressalva é que o segundo semestre, que é usualmente melhor do que o primeiro, terá como comparação uma base mais forte, já que o segundo semestre do ano passado apresentou bons resultados”, considerou.

Expectativa econômica

Na opinião do economista da Fecomercio (Federação do Comércio do Estado do Amazonas), José Fernando Silva, os números da Abras podem ser explicados pela expectativa econômica positiva do consumidor amazonense para os próximos seis meses.
O especialista lembrou que 47,2% da massa consumidora local acredita que a economia de Manaus para os próximos seis meses estará um pouco ou muito melhor e 44,0% acham que permanecerá inalterada.
“Com uma situação tão otimista em que apenas 8,8% dos consumidores amazonenses afirmam que a situação estará um pouco ou muito pior do que a atual, é claro que as vendas tendem a disparar”, considerou.
Em valores nominais, o Índice de Vendas da Abras apresentou crescimento de 9,87% em relação ao mesmo mês do ano anterior e queda de -5,25% sobre o mês anterior.
No acumulado dos seis primeiros meses, a alta é de 11,04%. Com o bom resultado do setor supermercadista até o primeiro semestre do ano, a Abras revisou sua previsão de crescimento para 2009. No início do ano, a expectativa era crescer 2,5%. Agora, a previsão de crescimento do faturamento do setor de supermercados em 2009 é de 4,5%.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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