A região do Alto Solimões será contemplada com a primeira cooperativa de crédito fora de Manaus, formada por produtores rurais dos municípios de Tabatinga e Benjamin Constant. O funcionamento dessas cooperativas ainda está dependendo de autorização do Banco Central.
Com o nome de SolicredTabatinga e SolicredBenjamim Constant, elas serão formadas com capital de R$ 6.000 cada uma e limite mínimo de R$ 100 por cooperados.
Segundo a gestora de microfinanças do Sebrae-AM (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), Sâmia Cardoso, no Amazonas, existem inúmeras vantagens a quem participar como cooperado, sendo que uma das principais são as baixas taxas de juros na concessão de empréstimos financeiros. “Elas têm funcionamento similar a de um banco, mas os juros de empréstimos são baixíssimos e a pessoa ainda obtém o retorno do dinheiro investido com uma rentabilidade mensal”, destacou.
De acordo com a gestora, cada cooperado é um sócio da cooperativa, tendo o direito de obter a rentabilidade financeira da mesma todos os meses. “A legislação determina um limite mínimo de 12% de rentabilidade por ano ou 1% mensal a quem participar da mesma”, informou Sâmia Cardoso.
Além disso, os cooperados têm direito às sobras da cooperativa, em caso das despesas das mesmas serem inferior a receita.
Atualmente, o Banco Central analisa o processo de formação da SolicredTabatinga e SolicredBenjamim Constant, o que deve ser finalizado até o início do segundo semestre.
No Amazonas, somente Manaus conta com sistemas de cooperativas, fora a capital não há nenhuma no Estado. Em 2008, o Sebrae irá iniciar um trabalho de formação delas no interior, sendo que a região do Médio Solimões será a próxima área a ter uma.
Em Manaus, a formação da primeira cooperativa de crédito dos empresários, Credempresas representa um importante avanço, em razão de ela ter condições de funcionar como uma espécie de matriz para as demais e assim poder contribuir para a formação de outras tantas. “Estávamos querendo formar uma cooperativa de empreendedores, mas por não contarmos com uma central isso não foi possível, mas quando a dos empresários estiver funcionando nós poderemos retomar esse processo”, explicou Sâmia.
O presidente da Credempresas, Enock Lunière, avaliou que essa cooperativa irá disponibilizar uma grande vantagem aos empresários. “Eles serão contemplados com baixas taxas de juros e ainda não precisarão enfrentar a burocracia existente no ato de concessão de empréstimo pelas instituições bancárias”, frisou.