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Alta não deve afastar investimentos no PIM

Hoje o Copom (Comitê de Política Monetária) anuncia o resultado da reunião que discute o ‘futuro’ da taxa básica de juros Selic. Se no início do ano ela já era considerada a mais elevada do mundo, imagine agora que está em 12,25% e, segundo a pesquisa Focus, pode sofrer uma elevação em 0,25 ponto percentual.
Embora seja um abalo para os consumidores, os investimentos no Brasil e na região amazonense devem permanecer ‘em dia’. O vice-presidente do Corecon/AM (Conselho Regional de Economia do Estado do Amazonas), Aílson Nogueira, afirma que o interesse em investir capital no país não será abalado, ainda mais por conta da crise que afeta os EUA. “Agora, o Brasil é o mais cotado para receber os investimentos estrangeiros”, avaliou, ressaltando que isto acontece em virtude da procura por lugares onde possam aplicar tendo uma maior remuneração.
O economista analisa que, em virtude da tentativa de conter o consumo para diminuir o índice de inflação, alguns setores da indústria podem ser sacrificados. Mas, pondera que o PIM (Polo Industrial de Manaus) tem estado aquecido neste ano, mesmo com as discussões que desfavorecem o modelo ZFM (Zona Franca de Manaus).
“Existem projetos de empresas pretendendo se instalar no Estado, como a Sinuta, com a fabricação de antenas. Além do mais, o segmento naval também tem provocado grandes expectativas devido ao projeto do Polo Naval”, afirmou.

Números favoráveis

Mesmo quanto a performance das indústrias amazonenses, a situação ainda pode manter-se positiva. De acordo com indicadores da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus), o Polo já totaliza US$ 16.34 bilhões nos primeiros cinco meses do ano, com destaque para o segmento relojoeiro. O setor tem anotado números favoráveis para o resultado global. No acumulado, ele já registra uma cifra de US$ 274.3 milhões, um salto de 71,62% frente a igual período de 2010 (US$ 159.8 milhões).
O empresário Maurício Loureiro, membro do conselho fiscal do Sindicato das Indústrias de Relojoaria e Ourivesaria de Manaus, afirma que possa haver uma desaceleração em virtude do fator Selic, mas sem grande impacto para o segmento. “Com a elevação da taxa básica de juros pelo BC, o controle da inflação pelo governo federal, tentando manter a meta de inflação anual, poderemos ter um menor desempenho no segundo semestre. Mas, nada que vá prejudicar o setor em seu desempenho geral”, finalizou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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