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Alta na matéria-prima leva indústria a reajustar produtos da páscoa

Principal produto da “cesta” de Páscoa, os ovos de chocolate vão chegar mais caros ao consumidor este ano, se comparados aos preços praticados na mesma época de 2008. De acordo com a Abicab (Associação Brasileira da Indústria de Chocolates, Cacau, Amendoim, Balas e Derivados), o reajuste deve ficar na faixa dos 8%, impulsionado pela alta no preço do cacau, leite, açúcar, embalagem e mão-de-obra. Em nível local, o aumento não deve ultrapassar os 5%, prometeram os empresários.
De acordo com o gerente industrial da Bombons Finos da Amazônia, Jorge Alberto Santos, o reajuste no preço dos itens fabricados pela empresa não chega a 5%. A medida é resultado do aumento no custo da matéria-prima usada na produção do chocolate aos gastos com mão de obra.
“O reajuste nos nossos produtos foi influenciado pela alta no preço da cobertura usada na fabricação dos ovos de Páscoa, no custo das embalagens, que nesta data comemorativa também trazem apelo regional, bem como o aumento nos custos com a mão de obra”, argumentou. Conforme ele, o custo da cobertura dos chocolates cresceu 10% e da embalagem, entre 10% e 15%. “Apesar do incremento na faixa dos dois dígitos, o reajuste ao consumidor ficou inferior a 5%”, ressaltou.
Já a Oiram Chocolates não vai repassar o reajuste no preço dos produtos ao consumidor, conforme a sócia-proprietária da empresa, Adélia Menezes. “Embora as nossas embalagens sejam mais personalizadas e customizadas, elas estão mais variadas e em conta esse ano, o que não vai incidir sobre o preço dos produtos. Essa é nossa estratégia para concorrer com as grandes Nestlé, Garoto e Lacta”, informou.
Apesar de esperar uma alta de 8% nos preços dos produtos de Páscoa, a Abicab informou que a variação vai depender do público-alvo de cada loja, além da região onde ela se localiza.
“Estamos falando de uma variedade muito grande de produtos e consumidores. Há ovos para todos os gostos e de vários tamanhos”, afirmou o vice-presidente da área de Comunicações da Associação, Luís Felipe Rego.

Perfil do consumidor

Segundo a Abicab, essa variedade é grande mesmo, já que o Brasil está no segundo lugar no ranking mundial dos produtores de ovos, atrás apenas da Inglaterra.
Na análise por região, São Paulo representa 45% do consumo de páscoa. A Associação calculou que cada habitante do Estado consome, em média, em um ano, 3,2 kg de chocolate, média idêntica à dos italianos e maior que a registrada no país, cujo consumo por habitante fica em torno de 2,5 kg, por ano.
Os Estados de Minas Gerais, Espírito Santo e Rio de Janeiro também têm representatividade no consumo do doce, embora em percentual bem menor. Juntos, eles representam 18% do consumo total.
Entre as regiões, o Sul fica com a fatia de 20%, enquanto o Norte e o Nordeste somam 8% do total e as regiões Centro Oeste e Distrito Federal representam 9% do consumo no período.

Crescimento da produção

A indústria de ovos de chocolate vai produzir quase 5% mais em 2009, segundo informou a Abicab, chegando a cerca de 24 mil toneladas, com um total de 113 milhões de ovos de páscoa. Do total a ser produzido, a associação estima que 21 mil toneladas são de ovos industriais e o restante, de produção artesanal. O faturamento da indústria de ovos de páscoa deve atingir R$ 828 milhões.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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