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Ajuste da economia será focado na alta dos juros

O peso relevante do ajuste da economia continuará nas medidas de política monetária, acreditam 81,5% dos 30 departamentos de bancos consultados para a pesquisa Febraban de Projeções Macroeconômicas e Expectativa de Mercado, realizada entre os dias 17 e 21 de junho. Essas instituições foram confrontadas com afirmação do BC (Banco Central), na última ata do Copom (Comitê de Política Monetária), de que deveria haver uma reversão de parte dos estímulos econômicos, principalmente os fiscais, adotados para reduzir os efeitos da crise. Para a maioria das instituições consultadas, “eventuais novas medidas serão tímidas e o peso relevante do ajuste continuará na política monetária”.
Para 11% dos consultados, não é possível opinar sobre essa questão, mas outros 7,4% afirmam que se pode esperar novas medidas, como o “corte no Orçamento, por exemplo”, que reduzam a necessidade de ajustes monetários. Ainda de acordo com a pesquisa Febraban, 77,8% das instituições consultadas concordam com afirmativa do parágrafo 22 da ata do Copom, segundo a qual “ ..os riscos para consolidação de um cenário inflacionário benigno se circunscrevem essencialmente ao âmbito interno…”. Sobre essa questão, 11,1% discordam e outros 11,1% não têm opinião. Em relação aos últimos acontecimentos apresentados pela economia europeia, 55,6% dos bancos acreditam que a situação vai moderar o crescimento brasileiro, mas não o suficiente para atenuar o aperto monetário.
Para 37%, a situação europeia não vai influenciar o crescimento brasileiro nem o aperto monetário. Já 7,4% dos participantes acreditam que a situação vai moderar o crescimento brasileiro e amenizar o aperto monetário. Sobre a última decisão do Copom e a ata do órgão, 96,3% das instituições consultadas afirmaram que não alteraram de forma significativa suas projeções. Já 3,7% disseram que mudaram as estimativas.
Com relação ao resultado do PIB (Produto Interno Bruto) no primeiro trimestre deste ano – que cresceu 2,7% na margem e 9% na leitura anual -, 70,4% afirmaram que os números vieram acima das suas expectativas, 18,5% dos entrevistados responderam que o PIB veio dentro das expectativas e 11,1% admitiram que a economia cresceu bem acima de suas projeções.
Ainda em relação ao PIB, 55,6% responderam que alteraram, apenas ligeiramente, suas projeções para a expansão da economia e da taxa Selic para 2010, 29,6% alteraram de forma importante as projeções, tanto para o PIB como para a Selic para este ano, e 14,8% não mexeram nos números.

Pesquisa indica dólar a R$ 1,81 ao final do ano

A taxa de câmbio deverá encerrar o ano com o dólar sendo negociado a R$ 1,81, indica a pesquisa Febraban de Projeções
Essa taxa é praticamente a mesma verificada no levantamento de maio, quando as instituições financeiras projetavam para o final de 2010 um dólar custando R$ 1,80.
Para 2011, a expectativa dos bancos em relação à taxa de câmbio é de R$ 1,88, ante R$ 1,86 na pesquisa feita em maio.
Para a balança comercial, a expectativa em 2010 é de um superávit de US$ 15 bilhões, valor superior aos US$ 13,2 bilhões da pesquisa de maio Para 2011, a previsão, na pesquisa atual, é de superávit de US$ 6,1 bilhões.
Em maio, os bancos esperavam um resultado positivo ligeiramente maior, de US$ 6,5 bilhões.
A conta corrente do balanço de pagamento, pela pesquisa da Febraban, aponta para um déficit de US$ 47,8 bilhões este ano.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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