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A economia – um sistema

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Ao contrário do que muita gente imagina, a Ciência da Economia possui suas características científicas que somente dominam aqueles que se dedicam a estudá-las, como os acadêmicos, os pesquisadores econometristas e demais cientistas dessa ciência social aplicada. Assim, para os economistas do Clube de Economia da Amazônia (CEA) aproveitaram a grave questão dos transportes rodoviários no Brasil para analisar, de um modo mais simples, sem se descurar da precisão das características da ciência em questão. De certa forma, a Economia se dedica a maneira como as pessoas de uma sociedade ganham a vida dentro dos limites dessa organização que participam, principalmente compreendendo que ganhar a vida implica em despender esforço físico e mental para produzir algum bem econômico que a sociedade demanda e oferta, participa da distribuição e do esforço produtivo acumulado de todas as pessoas. Dessa forma, se vê que a valoração desses esforços depende de aspectos como o desenvolvimento tecnológico, padrões cultural e intelectual, a organização política, relações de propriedade, o histórico social e econômico, a liberdade de atuação econômica e empreendedorismo, as relações entre criação de empregos e geração de riquezas.

Este é o princípio organizador que reina o Capitalismo. É incontestável que o mundo cresceu aceleradamente após a revolução industrial, em fins do século 18, e como o homem se libertou da “maldição de Malthus”, pois o desenvolvimento tecnológico nos livrou dessa maldição, assim como, ainda se tem uma parcela da população mundial não se beneficiou desse progresso, pois uma das questões a serem levadas à reflexão de todos seja esta: se o capitalismo almeja o lucro da oferta de bens e serviços à sociedade, como ficam aqueles que somente possuem a oferta do fator trabalho? E qual a função da estrutura do Estado, na questão da distribuição e da justiça social? É eficiente esse sistema em termos de produção? Assim srs. leitores, que os economistas do CEA colocam algumas constatação que resultaram na crise dos transportes rodoviários recente, dado por uso indiscriminado da palavra economia que para compreensão daqueles não se trata da Ciência da Economia, pois esta compreende o capitalismo, como sendo a maneira ou forma como a economia está organizada, diferente daquilo que o jornalismo informa, mas com diversas inadequações que merecem ser melhor avaliadas, replanejadas estrategicamente e eventualmente modificadas. Por outro lado, o que se viu e constatou foi que o Estado nada controla nem planeja. Não possui nenhuma “intelligence” que falha sobre quaisquer movimentos sociais internos e, que são mais organizados que o poder central, se mobilizam com muita rapidez e engessam as ações de Estado. Também se constatou que chega a ser um engodo os ditos preços de bens econômicos estratégicos “controlados” pelo agente governo, não é nada disso! Nem preços de derivados de petróleo, nem da energia elétrica, nem de telefonia móvel, nem de águas, de nada. Para o pessoal do CEA não se alcançará o equilíbrio com essas mesmas ‘ditas fórmulas’ de Política Econômica fracassadas, com discursos de austeridade fiscal de esse governo Temer, as quais levaram o país a mais desemprego e aumento da pobreza. O Brasil não é pobre, nosso território possui gigantescas riquezas naturais que estão sendo dilapidadas por políticos que o governam com irresponsabilidade e sem nenhum compromisso com o futuro das gerações de brasileiros, senão vejam: imensurável capacidade hídrica, maior taxa de incidência de energia solar do planeta, imensas jazidas de ferro, bauxita, manganês e o petróleo, etc, mas ainda temos o quase monopólio do nióbio, mineral super especial e de alto valor industrial estratégico. Ressalte-se que o processo de industrialização brasileira foi fomentado pelo grande e vigoroso ciclo da cultura cafeeira e, mais recentemente, em mesmo tempo que se tem a desindustrialização, mais uma vez o ciclo dos agronegócios sustenta a economia brasileira. Sendo assim, constatado por uma sociedade perplexa e acuada, nesses últimos dias com medo de rarear bens e serviços para oferta em mercados e aumento de preços revelados pela paralização dos transportes rodoviários, uma dependência nada salutar para quaisquer economias. Então, para os especialistas do CEA essa dependência já revelada, mas parece ser constatada pelo agente governo somente agora, deixa o país aos pés do apagão logístico que revela graves problemas e gargalos de ordem infraestrutural de modal transporte rodoviário como reflexos da opção de governos do Brasil (ausência de estratégias para desenvolvimento) desde o fim da década dos ’50 quando decidiram priorizar investimentos em ampliação da malha rodoviária e na nascente indústria automobilística, em detrimento de outros modais de transportes. Não se pode, na racionalidade econômica, estruturar o sistema de transporte de cargas de um país sobre um único modal. Por outro lado, a questão complexa dos preços dos derivados de petróleo nos remete para outra questão estrutural da economia brasileira, além da tributação e da taxa cambial, pois os processos de refino do petróleo constituem inovações radicais e pioneiras no atendimento às necessidades do mercado de combustíveis líquidos para as atividades industriais e principalmente de transportes, e representam, atualmente, a trajetória tecnológica dominante para esses fins.
Ressalte-se que não se produz petróleo: encontra-se e extrai-se o petróleo de reservas pré-existentes que precisam ser incansavelmente procuradas e descobertas e que estão distribuídas, em quantidade e qualidade, de forma desigual no planeta, o que origina grandes diferenças na estrutura de custos de produção entre as empresas e mercados.

*é doutor em economia, engenheiro, administrador, consultor empresarial e professor universitário – [email protected]

Nilson Pimentel

Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]
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