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Pesquisa de produtos pode economizar até 487% em mercados brasileiros


Os brasileiros sofrem com a alta dos produtos quando vão aos supermercados. Essa variação foi causada por um conjunto de fatores envolvendo a pandemia, como o preço do dólar, do combustível e da guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Um levantamento da Associação Brasileira de Defesa do Consumidor (Proteste), nas cidades do Rio de Janeiro, São Paulo, Belém, Goiânia, Porto Alegre e Salvador mostrou uma variação de preços dos produtos de até 487%, nos mercados brasileiros. A pesquisa analisou mais de 92 mil preços em 700 pontos de venda. Diante dessa variação, a educadora financeira Aline Soaper alerta que a alternativa para os consumidores é a pesquisa de preços. Já o economista Leandro Rosadas, especialista em gestão de supermercados, esclarece quais foram os parâmetros analisados na pesquisa da Proteste.

O economista Leandro Rosadas explica que o estudo intitulado “Guia de Preços de Supermercado”, da Proteste foi baseado duas cestas de produtos distintas, categorizadas conforme dois perfis de consumo. “A primeira lista tem 104 produtos com marcas definidas, que são líderes de vendas, e são encontradas nas categorias de mercearia, higiene e limpeza, perecíveis, hortifruti, entre outros. Essas marcas líderes consideradas na primeira lista, fazem parte da lista divulgada pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras), na pesquisa Líderes de Vendas 2021. A segunda lista, também com 104 produtos, não tem definição de marcas, sendo nas mesmas categorias da primeira cesta. A diferença é que a segunda lista não tinha carne, frutas, verduras e legumes”, revela Rosadas.

Quando a análise da Proteste leva em conta os estabelecimentos versus marcas comuns (mais baratas), o consumidor vai ter preços melhores e economizar mais, dessa forma:

  • No Rio de Janeiro, o consumidor que optar pelos itens mais baratos, pode ter uma economia anual de até R$ 3.035,40, em supermercados da Zona Norte, como na Penha;
  • Em São Paulo, a economia é de R$ 2.888,76, na Zona Sul, no bairro Jurubatuba;
  • Na Bahia, é possível poupar R$ 2.279,64, na região central de Salvador, em Fazenda Grande do Retiro;
  • Em Porto Alegre, o valor economizado no ano chega a R$ 1.710,12, na Zona Norte, em Sarandi;
  • Em Belém, optando por marcas comuns, a economia anual chega a R$ 1.655,64, no bairro da Agulha, no Distrito de Icoaraci;
  • Em Goiânia, o consumidor pode poupar até R$ 1.155,12, comprando em uma das quatro lojas de uma rede atacadista.

Quando o parâmetro analisado no estudo são os estabelecimentos versus marcas líderes, o que a pesquisa demonstrou que os preços são melhores e a economia será maior, assim:

  • No Rio de Janeiro, o consumidor que decidir comprar produtos de marcas líderes de venda poderá economizar até R$ 2.231,40, na Zona Norte, no bairro Piedade;
  • Em São Paulo, a economia é ainda maior, podendo chegar a até R$ 2.265,60, na região Sul, na Cidade Dutra;
  • Em Salvador, é possível poupar R$ 1.167,12 por ano, no bairro de Iapi;
  • Em Porto Alegre, a economia anual chega a R$ 941,52, na Zona Norte, em Sarandi;
  • Na cidade de Belém, a economia fica em até R$ 1.195,12, no bairro da Agulha, no Distrito de Icoaraci;
  • Em Goiânia, o consumidor que decidir comprar marcas líderes, consegue economizar até R$ 1.250,52 por ano, comprando na loja do Parque Amazônia, de uma rede atacadista.

A educadora financeira, Aline Soaper endossa que o estudo comprova que para economizar a saída é pesquisar e adaptar a lista de compras. “Com inflação e altas constantes dos preços dos produtos nos supermercados, o salário mínimo vigente hoje não supre a compra da cesta básica de alimentos. O próprio Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (DIEESE) mostrou que o salário mínimo ideal para suprir as despesas básicas de uma família com quatro pessoas é de R$ 6.527,67. Então a pesquisa de preços em diferentes estabelecimentos, para escolher as melhores opções de acordo com o custo-benefício é uma estratégia que deve ser utilizada pelos consumidores”, indica Soaper.

A educadora financeira também ressalta que a pesquisa da Proteste indicou que há grandes variações de preço entre produtos vendidos produtos vendidos em uma mesma cidade. “Isso mostra que uma boa estratégia também é pesquisar itens em diferentes supermercados. Porque, de repente a cesta básica geral, pode estar mais barata em um supermercado, mas alguns itens podem estar mais baratos em outros mercados. Então uma outra saída é usar essas ferramentas de pesquisa de valores, como da Proteste, que são aliadas para os consumidores, tendo em vista que você pode pesquisar online. Isso ajuda a evitar transtornos com deslocamento, que vão significar mais gastos na hora de comprar. Depois que você já sabe onde vai comprar os itens, três dicas seriam fundamentais: faça uma lista do que vai comprar, leve uma calculadora e não passe muito tempo entre uma compra e outra para não levar produtos desnecessários”, finaliza Aline Soaper.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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