O parque industrial da Zona Franca de Manaus é moderno e importante. Apesar das críticas que existem quando ao seu possível atraso tecnológico (assunto indústria 4.0), as tecnologias industriais e as produtividades mais avançadas do país estão aqui, não em todas as empresas mas em algumas.
Ultimamente, o assunto da criação de alternativas econômicas para o modelo da Zona Franca de Manaus tem sido muito recorrente. Geralmente, destacam-se as atividades econômicas da piscicultura, de um polo digital, da mineração, do ecoturismo e da bioeconomia, esta última inclusive ganhando destaque recente nacionalmente com a formação da Frente Parlamentar Mista da Bioeconomia em 2019.
O que o assunto das alternativas econômicas para a Zona Franca de Manaus geralmente não aborda é o que fazer com o parque industrial do PIM (Polo Industrial de Manaus) caso essas alternativas econômicas sejam implementadas e o modelo da Zona Franca seja eventualmente abandonado.
Por que não unir o parque industrial da Zona Franca de Manaus a essas alternativas econômicas, que seriam todas baseadas na vocação natural da região? Temos extensa área com terrenos e galpões em um distrito industrial pronto para receber essa demanda. Teríamos então a adaptação de empresas já existentes ou instalação de novas empresas que poderiam produzir máquinas, matérias-primas ou itens de uso e consumo para atender a criação e o exponencial crescimento de todos os segmentos já mencionados, produzindo para o ecoturismo, para o polo digital, para a mineração, para a piscicultura e para a bioeconomia. Trata-se de uma extensa cadeia produtiva.
Para criar esses setores aqui na região, por que não usar a estrutura do próprio PIM?
*Eduardo Costa é empresário e professor de contabilidade em Manaus