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O Empreendedorismo ainda vive

A luta pela sobrevivência torna os brasileiros engenhosos. Um posto de trabalho, em qualquer empresa, exige investimentos que variam de acordo com a atividade dela. No entanto o trabalho apenas exige vontade. O trabalho diferenciado exige dedicação constante. Muitas vezes, objetos domésticos do uso diário, podem se transformar em centros de renda. O fogão, que cozinha a refeição da família, pode fazer comida para vender. Da mesma forma, a máquina de costura que atende a família, pode fazer roupas para serem comercializadas. 

Foi nessa perspectiva que Angeline Dumke Paz Beulch criou a Feira de Talentos da Ange, em que pessoas, previamente inscritas, podem expor sua criatividade em produtos que elas mesmo fazem, produtos modificados, serviços e até técnicas de vendas on line ou físicas. Angélica sabe que não é a única a fazer isso, mas tenta apresentar um ambiente diferenciado. É uma atitude que resgata o empreendedorismo em uma época em que as universidades preparam alunos para serem funcionários públicos ou executivos em grandes empresas. Alguém que desperte no íntimo das pessoas a coragem de empreender e as vontade de fazer, merece destaque. O primeiro evento, realizado no clube ASA, que disponibilizou o espaço sem custo nas primeiras edições. A própria prefeitura já participa com apoio logístico (ventiladores etc), mas promete contribuir com mais, em próximas edições.

Mesmo que seja uma iniciativa para micro empreendedores (as), satisfaz o íntimo e traz à tona o grande prazer de ser útil e fazer por si mesmo. É um trabalho pessoal que, embora traga alguma renda, para os participantes traz satisfação especial. Na feira descobrem que, da porta pra fora, todo têm as mesmas dificuldades. Poder progredir com o fruto de seu trabalho, com a sua criatividade causa prazer indizível. A essência do empreendedorismo se manifesta também nos pequenos investimentos.

É preciso desmistificar o local escolhido. O Clube dos Sargentos da Amazônia (ASA) é conhecido do público manauara, mas muitos ainda têm a ideia de um local exclusivo, porque a segurança é feita por militares. O espaço é admirável, tanto pela localização central, em frente do DB Ponta Negra, como pelo estacionamento e a facilidade em levar volumes maiores para a feira. Além, é claro,  da segurança esmerada.

Neste primeiro evento, segundo Angeline (@feiradetalentosdaange) participaram 46 expositores e “alguns ficaram de fora”. Havia lojas virtuais, artesanato (embora tudo fosse feito de maneira artesanal), gastronomia, massoterapia, espaço holístico, bio-jóias, produtos estéticos, acessórios femininos e muito, muito mais. Para o próximo evento, no mesmo local, haverá espaço cultural para apresentações de grupos de artes .

O sucesso do primeiro evento foi tal que a organização vai pedir aos visitantes que contribuam livremente com alimento não perecível que serão doados a alguma instituição. Angelina, a organizadora, é esposa de militar e uma empreendedora nata, tanto que escolheu estudar e se formar como administradora de empresa. 

Num país em que a palavra “empresário” é quase um palavrão, apoiar o empreendedorismo se tornou uma necessidade premente. Admirável que a iniciativa parta do seio da sociedade. Se o poder público vier a ajudar, é melhor. É bom que pessoas que queiram empreender tenham os caminhos abertos. Os pequenos juntos empregam mais que os grandes. (Luiz Lauschner)

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