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História viva

No presente mês tivemos datas muito importantes para a história e formação do Brasil, como por exemplo o dia 19, em que há a celebração do Dia dos Povos Indígenas. Conhecido primeiramente como “Dia do Índio”, este momento alusivo teve a sua origem a partir da realização do Primeiro Congresso Indigenista Interamericano, que ocorreu em 19 de abril de 1940, em Patzcuaro (México), uma vez que, assim como o nosso país, outros territórios nacionais (especialmente no continente americano) também foram habitados anteriormente pelos indígenas em sua totalidade. Em 21 de abril é rememorada a figura de Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes (que ganhou essa alcunha em virtude de atuar como dentista improvisado), que foi executado nesta data, sendo um dos participantes mais ativos da Inconfidência Mineira (grande movimento de protesto contra o domínio da Coroa Portuguesa sobre o Brasil, na época). Já o dia 22 é a data em que o Brasil foi descoberto pelos europeus, o chamado “Descobrimento do Brasil”.

É certo que estes são acontecimentos historiográficos, mas também são muito importantes para que possamos fazer uma análise do nosso passado, do quanto avançamos e/ou do quanto poderíamos ter progredido, além do futuro que estamos construindo hoje. É de conhecimento geral que somos um país extremamente miscigenado e plural; nossos costumes, alimentação e língua são originários de diversos povos. O Brasil é um país rico em minérios, em recursos naturais e economicamente também; mas apesar disso ainda tem uma grande parcela da população vivendo na pobreza e na miséria, com poucos cidadãos concentrando em suas mãos as grandes riquezas existentes. Carecemos de uma educação de qualidade para todos, de um sistema de saúde digno e de uma infraestrutura adequada.

Não estou me referindo aos que, por meio do trabalho honesto, conseguiram galgar posições maiores e adquirir bens e recursos, até porque não é nenhum demérito conquistar vitórias financeiras e profissionais, desde que dentro dos valores da ética e dos princípios da moralidade. Porém, infelizmente há também muitos que recorrem a maneiras não-republicanas para acumular riquezas, se locupletando do que não é seu. O Brasil não pode continuar a ser um país tão rico e com tanta gente padecendo, muitas vezes sem nem ter o básico para sobreviver.

Verdadeiramente a nossa Nação precisa virar a página de sua história; comemorar e valorizar sim os acertos do passado, mas também corrigir os rumos para o futuro. E isso depende de cada um dos cidadãos brasileiros, começando por aqueles que têm um grau maior de instrução. Nós já poderíamos ser um país desenvolvido e de primeiro mundo, caso os gestores brasileiros ao longo de anos e décadas tivessem feito o “dever de casa”, ou seja, um projeto de país e não simplesmente programas eleitoreiros. E quando falo nos gestores ao longo do tempo, englobo todas as esferas e poderes. Somos um povo forte, aguerrido e com enorme potencial.  

É certo que o passado não tem como ser alterado, mas o presente e o futuro estão sendo construídos pelas nossas ações e/ou omissões. É necessário termos, enquanto sociedade, o protagonismo da situação, como cidadãos e eleitores que somos; fiscalizando a aplicação dos recursos públicos e as ações governamentais. Vemos ainda hoje várias correntes políticas criticando o sistema capitalista, mas apesar de suas imperfeições, eu entendo este como sendo, até o momento, o sistema mais viável que temos, sob o ponto de vista da possibilidade de se estabelecer a meritocracia e a expansão de oportunidades, de forma que todos aqueles que se esforçam tenham a real possibilidade de evoluir e crescer profissional e economicamente, independente de origem ou classe social. É lógico que, para que isso se concretize, o poder público não pode se eximir do fato de que é preciso haver maciça geração de alternativas para que todos os que fazem a sua parte alcancem o êxito merecido. 

Precisamos ter gestores com visão “fora da caixa”; inovadores, proativos e holísticos. Pois, para que todos possam ter a chance de alcançar o sucesso, é fundamental o estabelecimento de políticas públicas sérias e ininterruptas, de forma que o Brasil evolua, especialmente nas áreas de Educação, Saúde, Ciência, Tecnologia e Inovação. Tudo o que passou, as figuras que se destacaram na história e os acontecimentos (sejam estes positivos ou negativos) nos ajudaram a chegar até aqui e a ser quem nós somos enquanto povo. Mas se queremos de fato ser uma nova Nação, está na hora de sairmos da zona de conforto e assumirmos nossas responsabilidades como participantes ativos do processo de mudança; arregaçando as mangas, por meio da qualificação, da leitura e da cidadania.

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