26 de julho de 2024
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Essa reza quer almas? – Parte 2

Com inspiração na trilha indicada por Ignácio de Loyola – “o cronista é um filtro de tudo o que vemos” – nos moldes já comentados no texto imediatamente anterior a este, onde também acolá se disse do propósito de abordar nesta estação de escritos semanais valiosas passagens da lavra de notáveis pensadores, voltados para a entidade Homem/Universo, tema que tem estado sempre presente na mídia internacional, levando-o ao imaginário de todos. Não é assim?

É, sim. A propósito, o título desta abordagem quando citado o vocábulo reza, não quer se prender ao significado de prece, ou oração religiosa, mas referir-se a discorrer, determinar, prescrever, elucidar; por exemplo, “reza a lei…”. Enquanto que, por sua vez, alma não vem a portar imaterialidade, mas uma existência substantivada, que dá impulso nesse sentido bem alheio ao que poderia ser suposto, visto a menção titulada no fraseado. É o que dá para explicar, ou tentar consertar aquele trocadilho que buscava uma direção e, talvez, acabou assuntando outro viés. Sabe-se, lá. Paciência. Continuemos.

Logo, sobraçando o traçado posto na linha de início deste texto, ou seja o parágrafo que se põe antes do que figura acima, resta por certo um binômio que afinal de contas se tem mostrado em permanente evidência, sobretudo em programas televisivos que asseguram projetar a interpretação do espaço sideral desde sempre, proclamando que o universo segue em expansão, e tudo o mais que tal possa significar para a raça humana hospedada aqui desde o Éden. Acredita-se acervo indispensável a nutrir o que ora se busca analisar nos limites cabíveis.

Nesta conformidade, de um lado se tem manifestos futuristas em torno do Homem, como a Teoria da Evolução, por meio da seleção natural, nos dizeres de Charles Darwin. Sabe-se, definição partida daquele cientista britânico que é uma das pedras angulares da ciência moderna. Proclamado o enunciado pregando que as espécies mudam gradualmente por meio de um mecanismo dito como seleção natural, revolucionou desde então a nossa compreensão do mundo vivo, reconheça-se.

Deu-se que há 160 anos, prelúcido, mostrando-se como evolucionista, publicava o livro “A Origem das Espécies”, assim modificando radicalmente a biologia com a sua Teoria da Evolução. Sim, estamos citando Charles Darwin, cuja explicação sobre a origem do ser humano traduz-se numa manifesta revolução, uma vez que, até meados do século XIX, muitos dos cientistas ocidentais compartilhavam a ideia de que Deus tinha concebido todas as criaturas do planeta.

É fato que alguns pesquisadores já falavam sobre uma possível evolução das espécies. Contudo, Darwin foi o primeiro a oferecer provas científicas e explicar o mecanismo que a tornou crucial quando, de passagem, amoldou-se ao consagrado brocardo a pregar “as evidências se põem, não apenas se supõem”. Então estava posta a seleção natural, com certeza.

Empreendeu uma extraordinária viagem de estudos em direção a cinco continentes, realizando centenas de experimentos e refinando seus saberes, ao longo de 20 anos. Uma fascinante biografia, convindo que aqui se cubra boa parte de sua história, não fosse o ser incomum que se mostrou, benfeitor da humanidade, e entre outros que se postaram no mesmo patamar, os quais mais adiante ocuparão acento também neste espaço redacional, despiciendo se não gozavam da lendária fama de donaire atribuída à figura de fundo. (Continua)

* Bosco Jackmonth é advogado (OAB/AM – 436). Contato: [email protected]

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