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Discurso é “ótimo” na Europa, mas aqui tem dificultado reeleições

O povo está acordando! O Amazonas está com os piores indicadores em “água, esgoto, banheiro e coleta de lixo” na comparação com os demais Estados do Brasil. A fonte é o IBGE, e o mapa com essa triste realidade já está no meu blog Thomaz Rural (www.thomazrural.com.br).

Contudo, já percebi que, alguns assessores que atuam na área ambiental do Estado desde 2003, estão fazendo com o governador Wilson Lima o mesmo que fizeram com governadores do passado. Devem estar dizendo no ouvido do comandante do executivo que ele será o governador referência mundial em meio ambiente e sustentabilidade, que vai rodar o mundo fazendo palestras, talvez sendo remunerado, mas esquecem de dizer ao governador que pode aparecer alguém na plateia levantando o braço e dizendo: “…o que adianta ser essa referência de sustentabilidade se vocês têm 65.6% abaixo da linha de pobreza, sem ter o que comer…”. 

Certamente nos Estados Unidos e Europa não farão essa pergunta, porque é isso que eles querem, miséria, isolamento e pobreza por aqui, mas se a palestra for no Brasil, aqui mesmo no Amazonas, depois de deixar o governo (os puxa-sacos somem, e o celular nem toca) essa pergunta vai aparecer inclusive de políticos locais que vão esquecer o passado e jogar no colo do governador em 2026 tudo de ruim que construíram até 2018. Tem um detalhe, esse discurso ambiental é “lindo” na Europa, nos Estados Unidos, mas por aqui tem trazido batalhas eleitorais difíceis e perto de derrotas, afinal, a pobreza está aqui e não nesses países.

Gosto do Wilson, já fez pelo agro o que outros não fizeram (ainda tem pendências graves na ADS), mas continua mal assessorado na área ambiental pública e privada. Captar recursos internacionais nunca foi bom para a família da canoa, talvez para alguns globais, mas para o objetivo de todo gestor público, que é o cidadão, esse nunca viu essa grana nem de binóculo. 

Respeito qualquer decisão, não tenho a caneta da decisão, mas deixar de opinar o governador sabe que não faz parte do meu jeito. Foi assim quando o conheci na reunião em Adrianópolis com as presenças do Merched, Carlos, Luiz Castro e Petrucio. Aliás, fui aliado de primeira hora, momento que a “onda” não havia chegado. O triste é que os que mandam hoje estavam em outra trincheira. Fiz e continuo fazendo minha parte por amor ao Amazonas, nunca pedi um centavo quando apoiei o Eduardo contra o Melo e o Wilson em 2018.  O mapa do Brasil que está no meu blog é triste ao Amazonas, mas vejo alguns doutores falar em bioeconomia (que já existe desde que Cabral chegou aqui) como a salvação do planeta. Fala sério!

Não ganhamos nada com a floresta em pé, PIM/ZFM sempre atacados, e as demais atividades econômicas com o freio de mão puxado. O produtor da Europa não quer preservar 4% da área, aqui preservamos 80% e nada anda, tudo trava.

Em 2019, a equipe técnica do Idam identificou as 21 cadeias produtivas prioritárias, mas os doutores em clima e ambiente nem ligam, ignoram e ainda tiraram R$78 milhões do Estado, dos cofres do Idam, que faria uma gigantesca diferença na ponta para a família da canoa. Vamos em frente!

08.04.2024Thomaz Antônio Perez da Silva Meirelles, servidor público federal aposentado, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected]

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