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   Destruição criativa e sua evolução

Nilson Pimentel (*)

Para alguns leitores que sempre perguntam: Quanto vale a Amazônia? Para nós amazônidas, inestimável! A Amazônia é vida, é cura, é alimentação, é sobrevivência. Como o Amazonas faz parte da imensa Amazônia, cuja área espacial apresenta grandes diferenças de especificidades entre si, não é uma área biômica homogênea. O desenvolvimento econômico regional para as economias potenciais na Amazônia apresenta-se complexo e de poucos resultados na geração de empregos haja vista, os diversos fatores e aspectos que cercam as atividades potenciais econômicas na região. Como exemplo aqui no Amazonas, nos municípios, as cidades-sedes enfrentam diversas dificuldades para gerar empregos e a informalidade é alta. O desemprego entre os pobres urbanos da região subiu bastante e piorou durante a crise de Covid-19.  O desemprego rural é muito menor, visto ser de característica familiar, mas isso mascara níveis relativamente mais altos de trabalho informal de baixa produtividade dessa mão de obra. Pretendo abordar tal tema em outras oportunidades. Alguém pergunta: Professor estive em Munique na Alemanha participando de Congresso sobre Novas Tecnologias, sendo assim; pergunto: O que é a tal Destruição Criativa? A pandemia recente passada apressou e derramou as mudanças e inovações tecnológicas na Indústria e nas Telecomunicações no mundo recolocou o sistema capitalista em outro patamar tecnológico de produção. Sem embargo de quaisquer outras conotações, é uma realidade que avança em quase todas as áreas de atividades humanas. Então, como os economistas pesquisadores do CEA (Clube de Economia da Amazônia) também ressaltam que o Capitalismo, ao contrário de outros nobres economistas, não se encontra estabilizado, mas em constante ebulição, e com sedimentação na teoria desenvolvida pelo economista Joseph Schumpeter na qual a inovação que mentes empreendedoras provocam constantes destruição daquilo existente e conhecido na base produtiva do capitalismo. Assim, o economista Schumpeter explica que as transformações que ocorrem no Capitalismo, e que segundo ele jamais seria estático e está em constante evolução em inovação, como fenômeno da Destruição Criativa que ocorre quando empreendedores criam novos produtos ou novas formas de produzir que florescem causando mudanças na economia mundial constantemente. Ressalte-se que a Destruição Criativa tem dois lados, pois de um lado, há inovação e mais opções para as pessoas consumirem e empreenderem, por outro lado, os empreendedores ou instituições que trabalhavam em determinada área antes da inovação, podem ficar temporariamente fora do mercado, nunca voltam a se integrarem ou nunca mais desfrutam da prosperidade que tinham antes. E, como ocorre em determinadas economias frente à Destruição Criativa que ocorre quando certos empreendedores ou mentes inovadoras não podem agir no mercado, ocorrendo através de políticas e regulamentações governamentais. Por outro lado, o processo de Destruição Criativa costuma ocorrer em longos e médios prazos, os governos sempre são tentados a bloquearem os agentes de inovação para salvarem empregos e indústrias já estabelecidos. Exemplo disso: se o ensino à distância através da internet fosse proibido para proteger as escolas e universidades que operam de modo presencial? Cabe ainda ressaltar que as regulamentações que freiam a Destruição Criativa não apenas atrapalham o florescimento de inovações que já começaram, assim como o desenvolvimento econômico do país. Como exemplo atual se tem: A Netflix é um exemplo moderno de destruição criativa, tendo derrubado as indústrias de aluguel de discos e de mídia tradicional para sempre. E, para demonstrar os principais valores indutivos da Destruição Criativa: Princípios da Destruição Criativa: 1) Inovação: A destruição criativa envolve a introdução de novas ideias, produtos e tecnologias que substituem os existentes. A inovação é a força motriz da destruição criativa. Sem inovação, a destruição criativa não poderia existir e sem inovadores, não haveria agentes de mudança que pudessem fazer acontecer à destruição criativa; 2) Concorrência: O processo de destruição criativa envolve intensa competição entre tecnologias ou produtos antigos e novos. Os novos produtos ou tecnologias devem revelar-se melhores e mais eficientes do que os antigos para substituí-los. Por esta razão, a destruição criativa está geralmente fortemente ligada à concorrência e às vantagens competitivas. As empresas geralmente se esforçam para encontrar as melhores maneiras de fazer as coisas e muitas vezes estão dispostas a destruir criativamente o que fizeram no passado para encontrar melhores soluções em longo prazo; 3) Empreendedorismo: O empreendedorismo também é fundamental para o processo de destruição criativa. Os empresários que desenvolvem novos produtos e tecnologias e perturbam os mercados existentes são os agentes da destruição criativa. Eles são responsáveis ​​por supervisionar a gestão da mudança, educando tanto o pessoal interno como os consumidores sobre como esta mudança irá impactá-los. Sem uma orientação clara sobre a intenção da destruição criativa, o empreendedor provavelmente fracassará na sua tentativa de inovar; 4) Capital: Por último, um princípio fundamental da destruição criativa é o capital. Fazer mudanças radicais e inovadoras é muitas vezes caro, e as empresas devem estar preparadas para assumir riscos financeiros para fazer essa mudança. Na maioria das vezes, as empresas verão investimentos de capital de risco para ajudar a financiar a destruição criativa; 5) Tecnologia: A indústria tecnológica é talvez o exemplo mais óbvio de destruição criativa em ação. As novas tecnologias e produtos de software surgem constantemente, substituindo os mais antigos e perturbando os mercados estabelecidos, somente assim, as indústrias também podem destruir criativamente os seus próprios produtos para abrir caminho a soluções melhores e mais inovadoras para melhores produtos. Nesse futuro, as empresas não precisam tecnicamente embarcar na destruição criativa, no entanto, ao não o fazerem, arrisca-se a ficar para trás em relação à concorrência. Economista, Engenheiro, Administrador, Mestre em Economia, Doutor em Economia, Pesquisador Sênior, Consultor Empresarial e Professor Universitário: [email protected]

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