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        Decepções e esperanças

Faz parte da vida sofrer e amar. E inevitavelmente, se decepcionar, pelas injustiças, pelas ingratidões, pelas traições, pelas violências. Por outro lado… Como é importante olhar o outro lado! Perceber que apesar dos pesares, as alegrias genuínas nos alimentam de esperança. E a sede de justiça, ainda que permeada de muita dor, nos aproxima de Cristo, das bem-aventuranças. Propósito de vida que essencialmente é o mais importante: amar ao próximo no Amor à Deus.

Nenhum de nós é perfeito, todos somos mais ou menos limitados, fracos, vulneráveis. Mas os que têm fé e amor, conseguem enxergar além da ganância por bens materiais, veem o dinheiro como instrumento e não como fim. Infelizmente há pessoas que se apegam tanto às riquezas materiais ou ao poder e status, que se esquecem do verdadeiro sentido da vida, que não é o de viver em função do acúmulo de bens materiais, mas o de compartilhar a existência de modo fraterno com os outros seres humanos, inclusive cuidando da Natureza, da Criação.

Onde estão os princípios e valores que aprendemos, ou pelo menos devíamos ter aprendido com nossos pais? Transformaram-se em mero discurso vazio e hipócrita para disfarçar objetivos escusos?

O recente episódio do cruel assassinato de Julieta Hernández, a sonhadora e inofensiva artista venezuelana, assim como tantos outros, evidencia uma decadência moral impressionante… Não bastou roubar e estuprar (o que já seria de uma maldade extrema) ainda a mataram de modo hediondo. Assassinar uma pessoa assim, e tantos outros crimes horrorosos, se associam a um outro tipo de crime camuflado, que é o desviar recursos da saúde. Roubar dinheiro da saúde significa matar, assassinar. Como é possível que haja tolerância com este tipo de corrupção?

Não se pense que o “se dar bem” a qualquer custo vale a pena. Não se leva nenhum bem material quando se parte desta existência. De que adianta ganhar o mundo e perder a verdadeira vida, como Jesus nos ensina? De que vale assassinar pessoas de modo explícito ou implícito para obter vantagens?

Onde estão os valores que aprendemos em casa: respeito, lealdade, honestidade de propósitos, solidariedade, responsabilidade, generosidade?

Sou uma pessoa decepcionada com o egoísmo que parece imperar cada vez mais no mundo. Mas me alimento da esperança de um dia o bem vencer o mal. Por isso, busco humildemente semear, assim como milhões de outras pessoas, um mundo melhor, nem que seja para nossos filhos, netos, bisnetos.

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