Será que viver bem é viver em paz? Ter uma vida bem-sucedida é ser feliz? O que dá sentido às nossas vidas? Por que vivemos esperando dias melhores? Para que serve a natureza? Deus é mesmo bom? Por que devemos amar os nossos inimigos? O que torna a vida bela? Por que os bons sofrem?
Estava pensando sobre estas questões quando vieram sobre a minha mente as seguintes invencionices: vivo num mundo de paz, onde as pessoas se amam e se respeitam. Nele não há preconceito racial, sexual, religioso e cultural.
Os políticos são honestos e o povo vive de maneira saudável. As cidades são arborizadas e o clima e a temperatura são agradáveis. O humanismo espraia-se em todas as instituições públicas e o cidadão é sempre muito bem atendido.
Crentes e ateus vivem e celebram a vida da mesma maneira, de forma intensa e solidária. O amor é a única lei que distingue as pessoas e mesmo aqueles que não se amam, buscam uma forma de viver em paz, respeitando-se mutualmente.
Ricos e pobres vivem em perfeita harmonia, não há conflito social. Todos conhecem seus direitos e deveres, seguem às leis e respeitam as normas morais. O sistema educacional é para todos, não há separação entre as pessoas.
Neste sentido, no mundo em que vivo, o ser humano aproveita a sua existência na potencialização máxima, sendo solidário, ético e justo; respeita o espaço do outro, acolhe o diferente e não se apega as miudezas da vida.
No mundo atual, a bondade é a essência do espirito humano, não há egoísmo e todos pensam e agem coletivamente. As crianças aprendem com os adultos o caminho a seguir: que é a ética, o voluntariado, o respeito mútuo e a solidariedade.
Os valores são ensinados, também, as crianças e adolescentes por uma cadeia de mensagens visuais, artísticas, morais e comportamentais, que colocadas em praticas determinam o ser, o pensar e o agir de todos; o mundo em equilíbrio.
A arte é respeitada e valorizada por todos, tornando a criatividade humana uma ferramenta de trabalho e libertação. A cidade reflete encanto, magnetismo, cuidado e beleza. Não há espaço para o terror e a violência.
O compêndio básico da formação do homem contemporâneo é o espírito investigativo do amor à ciência, à literatura e à poesia. Juntamente com o amor à filosofia, acontece a revolução do pensamento: o conhecimento é para todos!
Todos têm apreço pela vida. A raiva, a vingança, a inveja e o ódio não possui espaço no coração das pessoas. Todos respeitam o espaço um do outro e sabem que a ofensa e a ameaça não contribuem para a paz.
No mundo atual, o respeito ao outro é a regra fundamental. A pessoa humana possui valor inestimável. Ninguém ultrapassa os limites do outro e a liberdade individual e coletiva é levada ao extremo. Todos são livres. Não há escravos.
Cada um segue a sua vida, ninguém se preocupa com a vida do outro, a não ser para ser solidário. Caridade e solidariedade são os pilares desse novo mundo. A solidariedade ajuda o ser humano a se livrar do egoísmo. A solidariedade salva!
O mundo atual, no qual vivo, defende a filosofia de que precisamos dos outros apenas para nos compreender a nós mesmos; propaga a ideia de que precisamos de liberdade, de trabalho e amor para nos realizarmos como seres humanos.
Engana-se quem pensa que o ser humano está destruindo as possibilidades da vida. Ao contrário, estamos construindo um lugar legal e bacana para se viver. Tudo está muito bem, nada está péssimo. A paz é o valor principal do mundo atual.
Por fim, quando uma pessoa diz que o mundo atual anda uma maravilha, que o ser humano ainda tem jeito, ela não está sendo hipócrita e nem agindo de má-fé, apenas reproduzindo a forma como ver o mundo: cheio de fantasias irrealizáveis.