A dificuldade na busca da excelência no trabalho realizado nas organizações vem crescendo significativamente. Muitas são as causas, mas a de maior destaque é a gestão sem estratégias e equivocada das pessoas. O envolvimento profissional inteligente com ética e integridade no administrar pode resolver estas dificuldades. O gestor responsável pela organização precisa ter a consciência de que as escolhas necessárias não devem ser por competências, não se pode confundir o profissional com o pessoal, a imparcialidade deve tomar lugar da parcialidade nas decisões, os problemas devem ser resolvidos na causa e não na consequência. Tudo isto poderá ser feito com sucesso desde que as organizações tenham escolhido seus funcionários/colaboradores baseado no perfil necessário para desenvolver o trabalho que a empresa necessita e tenha profissionais com competência suficiente para fazer a diferença.
O equilíbrio ideal somente existirá nas organizações a partir do momento que tivermos profissionais preparados para enfrentar dificuldades criando soluções com a serenidade digna de grandes talentos humanos. Muito se fala da necessidade de líderes para as organizações, mas, às vezes, esquecemos de que somente o líder não resolverá os problemas. Os liderados devem ser escolhidos com critérios e medidas iguais para todos aqueles possuidores do perfil solicitado ou necessário pela organização, pois, assim, estaremos criando um ambiente realmente profissional dando oportunidades iguais para todos. Assim, ganha o profissional e ganha a empresa.
A parcialidade nas empresas tem sido percebida em muitos administradores e gestores responsáveis pelo caminho a ser percorrido. Isto é muito mau. Pior ainda é do profissional não conseguir perceber e confirmar que é imparcial não sendo. Precisamos como responsáveis por uma organização saber ser profissional e conseguir distinguir aquilo que é pessoal. O planejamento da estratégia organizacional nos mostra, inicialmente, que teoricamente podemos atingir objetivos e metas traçadas, mas quando da prática depararmos com gestores de visão pouco global e muito específica prejudicando de forma ampla o resultado buscado.
Grandes profissionais não resolvem problemas com soluções tendenciosas. Inicialmente buscam a causa do problema para facilitar visualizações de soluções adequadas. Eles evitam trabalhar simplesmente as consequências e analisam o momento passado, presente e futuro buscando neste estudo solucionar de vez o problema existente. Desta forma a situação ganha outra dimensão e dificilmente os desvios não serão resolvidos. Com a solução ideal a empresa passa a ter melhor performance em todas as metas necessárias a serem atingidas.
Certamente sempre necessitaremos buscar e melhorar nossos resultados nas organizações. Isto pode ser planejado de modo que todos os envolvidos no processo sejam beneficiados. Precisamos de profissionais com alto grau de envolvimento com o progresso da empresa e com boa consciência, pois, assim, conseguiremos reduzir as dificuldades, escolher com imparcialidade os melhores recursos para a empresa, não confundir o profissional com o pessoal deixando de lado as soluções tendenciosas para criar as soluções realmente necessárias, estratégicas e benéficas para todo o ambiente organizacional. O bom de tudo isto é que temos o livre arbítrio para escolher entre ser um grande profissional e fazer a diferença ou ser apenas mais um. Esta é uma opção que devemos tomar de imediato caso contrário deveremos estar preparados para grandes problemas de difícil solução.
Vamos refletir sobre isto?
Flávio Guimarães é Mestre em Engenharia de Processos pela UFPA, Diretor da Guimarães Consultoria e Treinamento Empresarial Ltda., Diretor de Educação da ABRH, Administrador de Empresas, Especialista em Empresas Públicas e Privadas, Pós Graduado em Gestão Estratégica de Negócios, Consultor Empresarial, Pós Graduado MBA Gestão e Docência do Ensino Superior, Professor Universitário (Estácio Amazonas), articulista do Jornal do Commercio e da Amazon Play TV digital e Coordenador de MBA Executivo e dos Cursos de Logística, Qualidade e Recursos Humanos e do LPG – Laboratório de Práticas em Gestão da Faculdade Estácio do Amazonas.
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Jornal do Commercio de 14.11.2023.