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ADAF precisando de internet, mas 78 milhões indo para a FAS

Faz sentido deixar seguir R$ 78 milhões para uma ONG ambientalista, com sede em Manaus, enquanto a Agência de Defesa Agropecuária e Florestal do Amazonas – ADAF nem internet de qualidade tem? Observei em foto divulgada nas redes sociais que os colaboradores da ADAF demonstravam total felicidade ao receber uma antena starlink que custa menos de mil reais para melhorar os nobres serviços da agência. Faço essa comparação para mostrar e alertar aos vinte e quatro deputados estaduais que eles estão deixando fazer o que quiserem com os recursos internacionais que chegam ao Amazonas. É inaceitável não debater os rumos desses milhões na casa legislativa eleita pelo povo. Os parlamentares têm que impor as prioridades começando pelo ZEE. Comparem os objetivos da ADAF com os objetivos da ONG que está recebendo 78 milhões. Comparem o orçamento da ADAF com o dessa ONG. 

Estão novamente jogando dinheiro fora, errando nos objetivos e prioridades, fazendo mais do mesmo, e com as mesmas pessoas desde 2003. Resultado? Pobreza crescente, segundo dados do IBGE.

Esses guerreiros servidores do Sistema SEPROR e do Sistema SEMA precisam de total apoio para a virada econômica do Amazonas, para ajudar o modelo econômico implantado no PIM/ZFM que é constantemente atacado. Chega desse teatro que começou em 2003 e que só fez crescer a pobreza apesar dos bilhões que para cá vieram. Não entendo o silêncio dos vinte e quatro deputados estaduais. O Estado deu aval nesses R$ 78 milhões que deveriam ter ido para o IDAM, e não para a ONG/FAS.

Entendo a alegria dos colaboradores da ADAF com a STARLINK, foto no meu blog Thomaz Rural, eu também ficaria feliz e agradeceria, mas sei que os colaboradores da ADAF concordam comigo que isso é pequeno demais para a nobre missão que envolve a segurança alimentar. Ainda mais sabendo que 78 milhões estão indo para uma ONG fazer mais do mesmo. Até assistência técnica já fizeram no passado (até agora não vi nomes de quem fez, nem onde, e o resultado dessa produção se é compatível com os recursos recebidos para tal). Tendo o IDAM com estrutura para essa tarefa.

Sem o Zoneamento Econômico Ecológico – ZEE do Amazonas toda e qualquer ação é jogar dinheiro no lixo. Os ambientalistas, em especial o carioca e o mineiro, com origem na FAS, que comandaram e comandam a SEMA (secretaria de meio ambiente) não priorizam essa pauta. O governador determina, mas não ligam. Mesmo sendo uma política nacional do meio ambiente nunca fizeram e empurraram para a SEDECTI em 2021, despois de enrolar por três anos na atual gestão.

Penso que com 65.6% abaixo da linha de pobreza, crescendo 15.6% só na gestão do governador Wilson Lima, já passou da hora de mudanças na área ambiental colocando gente da casa para cuidar do nosso patrimônio florestal que, até hoje, no bolso de quem precisa e protege não entrou um centavo. Até quando? É sempre bom lembrar que esses 78 milhões estão vindo de um banco alemão/

26.03.2024Thomaz Antônio Perez da Silva Meirelles, servidor público federal aposentado, administrador, especialização na gestão da informação ao agronegócio. E-mail: [email protected]

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