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Viagens internas seguram fluxo

Viagens internas seguram fluxo

Depois de semanas ou meses em quarentena, viajantes em todo mundo planejam as próximas férias. Por restrições a movimentação, fronteiras fechadas em alguns países e medidas de isolamento em vigor, as viagens no curto e médio prazo devem ser bem diferentes por conta da pandemia do novo coronavírus.

De acordo com Airbnb, os viajantes dos Estados Unidos fizeram mais reservas no país entre os dias 17 de maio e 3 de junho do que no mesmo período do ano anterior. O mesmo está acontecendo em países como Alemanha, Portugal, Nova Zelândia e outros. de acordo com uma entrevista dada pelo presidente Brian Chesky para a Bloomberg. Para a empresa de hospedagem, isso significa que as pessoas continuam interessadas em viajar, mas estão planejando passeios dentro do próprio país. 

Segundo o executivo, há um aumento nas viagens mais curtas, de até 200 milhas, ou 322 quilômetros, uma distância que pode ser percorrida em um bate-e-volta. Essas reservas próximas aumentaram de um terço do total para mais de metade. Viagens internacionais planejadas estão sendo substituídas por viagens mais impulsivas e para cidades próximas.

A duração das viagens de turismo também mudou. No lugar de um passeio de uma semana para outro país, as pessoas escolhem passar um mês no estado vizinho, disse o executivo na entrevista. O mesmo acontece no Brasil. O número de reservas mais longas (acima de 28 dias) foi 24% maior em março do que no mesmo período do ano passado, segundo dados oficiais do Airbnb e divulgados por EXAME em abril. A empresa afirma que este tipo de reserva está sendo aceita, no mundo, por 80% dos anfitriões. 

O home office também se tornou uma vantagem para a empresa. “Trabalhar de casa está se tornando trabalhar de qualquer casa”, disse Chesky na entrevista. Globalmente, o fluxo de passageiros nas companhias aéreas caiu 95%. Em maio, o Airbnb demitiu 25% de seus funcionários, cerca de 1.900 pessoas, e na ocasião anunciou que as receitas de 2020 cairiam pela metade do que foi faturado em 2019.

A pandemia impactou os planos do Airbnb de abrir capital este ano. Inicialmente, a empresa planejava dar entrada no processo no dia 31 de maio, mas a pandemia atrasou os planos. A plataforma de hospedagens e experiências está avaliada em 31 bilhões de dólares.

Em abril, a empresa levantou 1 bilhão de dólares em uma rodada liderada pelas empresas de capital de risco Silver Lake e Sixth Street Partners. No comunicado oficial, a empresa afirmou que o capital vai ajudá-la a reforçar a relação com seus parceiros, sobretudo os chamados “anfitriões”, que alugam suas casas na plataforma.

O Airbnb já havia anunciado em março um fundo de 250 milhões de dólares para ajudar financeiramente os anfitriões mais frequentes — os chamados superhosts. Com o fundo, os anfitriões recebem de volta 25% do valor da estadia que foi cancelada. Na ocasião, o Airbnb já havia enfatizado as estadias de longo prazo e nas viagens mais próximas de casa.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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