Pesquisar
Close this search box.

Vendas brutas têm variação de 10,54%

As vendas brutas do comércio varejista em Manaus durante o mês de abril fecharam com variação negativa de 10,54% em relação a igual período do ano passado. Esse desempenho, impactado diretamente na reposição de estoque dos lojistas, fez o faturamento bruto do varejo fechar o quarto mês do ano com volume 11,70% menor que abril do ano passado.
A forte queda foi revelada na Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista da Fecomercio (Federação do Comércio do Estado do Amazonas), que apontou ainda os bens não-duráveis, adquiridos em supermercados, farmácias, perfumarias e postos de combustíveis, como a categoria que puxou as vendas no período.

Empresariado otimista

O economista-chefe da Fecomercio, José Fernando Silva, observou que a conjuntura pesquisada aconteceu antes do anúncio de Manaus como subsede da Copa do Mundo, o que mostra o humor do varejo local em relação às compras. Apesar da evidente retração nas compras, o especialista avaliou que 51,1% do empresariado já se mostram bastante otimistas para as vendas de junho. “O aspectos positivos no volume de vendas alcançado nesse quarto mês do ano é que, em abril de 2008, em um universo pré-crise, o faturamento real registrou forte aumento, contra abril de 2007. Para uma perspectiva negativa, o percentual é até aceitável, tendo em vista circunstâncias conjunturais muito menos favoráveis”, disse.
José Fernando afirmou que outro ponto favorável foi o aumento expressivo de três atividades do setor de bens não-duráveis (Supermercado, Lojas de Departamento e Farmácias) num indício de que aos poucos as vendas no varejo estão caminhando para patamares mais positivos, depois de dois trimestres de quedas, em se analisando o desempenho desde o início da instabilidade econômica. Desses itens, a Fecomercio deixa claro que o desempenho positivo foi liderado pelo forte movimento dos Supermercados, atividade com o maior peso relativo no varejo, com expansão de 9,18% em relação ao mesmo mês do ano passado.

Aumento da massa de rendimentos contribui para resultado de abril

Em nota ao Jornal do Commercio, a Amase (Associação Amazonense de Supermercados) afirmou que “como a data comemorativa da Páscoa –segundo melhor dia do ano para o setor– no ano passado foi em março e, neste ano, em abril, a base para comparação ficou baixa”. Além disso, apontou a nota, “o aumento da massa de rendimentos dos manauenses também contribuiu para o melhor resultado do setor em abril”.
Na categoria bens duráveis, os destaques foram para a venda dos bens de informática (avanço de 8,14%) e para o comércio de móveis e utilidades domésticas (4% de crescimento), que seguraram o desempenho no segundo bimestre. Nesse contexto, o gerente de marketing do Grupo Vitor Souza, atuante no segmento de móveis e artefato de decoração, Paulo Ricardo Sachs, concordou que houve retração em abril, embora abaixo da expectativa que o mercado prospectava. “A instabilidade existe, mas é necessário se pensar serviços diferenciados e programas de parceria para driblar o mau momento. Tanto é que, para a pesquisa de maio, todos vão perceber que os números tiveram sensível melhoria”, asseverou.
O crescimento da massa de rendimentos também contribuiu para a elevação de 6,89% no setor de Farmácias em abril em comparação a março. A elevação das vendas de produtos de higiene pessoal e produtos de beleza devido à ampliação de mix de produtos encontrados nos estabelecimentos deste segmento também impulsionaram o setor. Desde janeiro, o segmento vem mostrando um excelente desempenho com altas consecutivas de dois dígitos. O acumulado no ano, segundo a Fecomercio, está em 11,4%.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar