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Venda de importados recua 25% no AM

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Outubro registrou queda nas vendas de carros importados nas concessionárias do Amazonas, em relação a setembro. Neste período, foram emplacados 91 veículos importados e apenas 68 em outubro, o que resultou em uma retração de 25%. Os dados são do levantamento feito pela consultoria Jato Dynamics, que analisou 30 marcas de veículos estrangeiras vendidas no Brasil.
Uma das justificativas apontadas pelo gerente de vendas da Martins Imports, que comercializa a sul-coreana Kia, Miguel Simões, foi a grande quantidade de feriados ocorridos em outubro, que reduziu o fluxo de clientes. Na opinião do executivo, o resultado não irá interferir no desempenho futuro do segmento, devido às festas de fim de ano e à queda da moeda americana.
“A tendência é que as vendas aumentem, pois temos o Natal vindo. Outro fator que está ajudando é a baixa do dólar. Muitas importadoras compram os carros por um preço mais baixo e essa diferença é repassada ao consumidor”, explicou Simões.
A expectativa do gerente tende a se concretizar. Isto porque, apesar da quantidade de carros importados vendida no Amazonas recuar em outubro, os números do acumulado dos dez meses do ano ultrapassaram o montante registrado no mesmo período de 2009. Foram emplacados 622 modelos estrangeiros contra 189 no ano passado, uma diferença de 229,10%.
Simões garante que os carros fabricados fora do país estão caindo no gosto e cabendo no bolso do amazonense. O principal argumento usado para quem vende o importado é a comparação com determinados itens que faltam nos carros fabricados no Brasil. “Quando você pega um Gol 1.0 (de fabricação nacional da Volkswagen) ele não tem nenhum atributo de segurança instalado. Já um Picanto (de origem importada da Kia) traz direção elétrica e duplos airbags. O primeiro custa, em média R$ 36 mil e o segundo sai por R$ 37 mil”, detalhou.
Além das vendas de automóveis estarem em índices elevados, o amazonense está se endividando mais na hora de levar o produto estrangeiro para casa. De acordo com a gerente da concessionária Pole Position, que representa as marcas Hyundai, Ssang Yong e Subaru, Silvana Semen, o financiamento é a forma mais comum usada pelos clientes.
“O financiamento representa cerca de 70% das nossas vendas. Tanto as pessoas que têm condições quanto as que não têm optam por essa forma de pagamento devido às taxas menores. Hoje, as pessoas preferem financiar o carro e comprar à vista outros bens, como imóveis”, ponderou.
De acordo com Silvana, os prazos dos parcelamentos variam, mas normalmente podem chegar a 60 meses. Porém, a empresa disponibiliza um período maior, que pode ser em até 72 vezes. “Mas a maior parte prefere dividir o número de parcelas entre 48 e 60 meses”, acrescentou.

Carros nacionais

No caso do mercado de veículos nacionais, os números são de alta. Pesquisa divulgada pela Fenabrave (Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores) aponta que 2010 já é o ano que supera os dados de 2008, considerada uma das melhores épocas para o setor.
Entre os segmentos de automóveis e comerciais leves, este ano foram emplacados mais de 31 mil novos veículos. Em 2008, este número era de quase 26 mil, aproximadamente 19% abaixo da marca atingida em 2010.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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