Apesar do indício de greve da Receita Federal, do período de chuvas que prejudica o movimento no centro da cidade, além do alto índice de inadimplência do consumidor manauara, a duas semanas do Dia das Mães, economistas entrevistados pelo Jornal do Commercio mantém o otimismo em relação à data. A expectativa inicial da CDL-Manaus (Câmara dos Dirigentes Lojistas e Manaus) foi de crescimento de 4% no volume de vendas do varejo.
De acordo com o vice-presidente da Fecomércio-AM (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado do Amazonas), Aderson Frota, há uma série de indícios positivos. “Podemos resumir em quatro: a oferta de crédito crescente, a inflação controlada, o fato de o Dia das Mães ser historicamente a segunda melhor data para o comércio no ano e a estagnação de abril que pode impulsionar os comerciantes a se esforçar por melhores resultados”, enumerou.
Segundo o economista, maio promete ser um mês de recuperação. “Janeiro foi positivo ainda devido ao reflexo de dezembro, fevereiro foi um mês de difícil leitura e março começou a demonstrar um crescimento, mas aí veio abril com dois feriados que esvaziaram a cidade, enfraquecendo o desempenho do varejo no mês. Mas maio promete acelerar o movimento do comércio”, opinou.
Além disso, até abril, o consumidor ainda possui contas pra pagar referente a dezembro. “Maio marca o início do período de consumo”, reforça o vice-presidente do Corecon-AM (Conselho Regional de Economia do Amazonas), Francisco de Assis Mourão Junior.
Segundo ele, a redução dos juros (Selic cotada em 9% ao ano) tem possibilitado o surgimento de um novo tipo de consumidor. “Aquele que pede empréstimo no banco para pagar suas compras à vista, uma vez que com os juros baixos, a operação sai mais em conta em relação aos juros do cartão de crédito”, explicou.
A concessão de linhas de crédito a juros reduzidos como a do programa do governo federal ‘Minha Casa, Minha Vida’ para adquirir móveis e eletrodomésticos também deve ter reflexos sobre o desempenho da data comemorativa e do resultado mensal. “Estamos otimistas”, pontuou o economista.
Por outro lado, alguns aspectos podem sim atrapalhar a expectativa do segmento. Um deles é a inadimplência, que de acordo com os especialistas continua envolvendo um grande número de pessoas negativadas ou com renda comprometida.
“Se consolidada, a greve da Receita pode sim atrapalhar. As chuvas também já afetam algumas áreas do Centro, mas ainda é cedo para afirmar algo”, destacou Mourão Junior.
Ainda assim, o presidente da CDL-Manaus, Ralph Assayag, diz continuar apostando na estimativa de crescimento.Ele se baseia na pesquisa divulgada pela entidade na semana passada, que revelou que em 2011 a média de consumo na compra dos presentes foi de R$ 178,32 injetando cerca de R$ 133 milhões no comércio local.
Já para este ano, a projeção de gasto médio aumentou para R$ 201,84 (+13,19%) e a injeção na economia subiu para R$ 138,45 mlhões, crescimento de 4,1%.
“Se por um caso não atingirmos a marca, buscaremos saber os motivos, mas estamos confiantes”, encerrou Assayag.
Varejo projeta retomada nas vendas
Redação
Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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