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Uma ilha escondida entre dois lagos amazônicos

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O Amazonas possui cidades que são verdadeiros paraísos turísticos praticamente desconhecidos da maioria dos manauaras. Uma delas é Silves, a 327 km de Manaus, e que pode ser acessada por estrada.

O interessante é que Silves é mais antiga que Manaus, tendo começado a ocupação portuguesa daquelas terras em 1660, com o nome de Missão do Saracá. A sede da cidade fica numa ilha com cerca de dois mil habitantes.

Márcia Ruth, gerente da pousada Aldeia dos Lagos, explicou que “é agora com a vazante e a chegada do verão, a melhor época para se visitar a cidade e a região. Com a cheia, os imensos lagos Saracá e Canaçari ficam ainda maiores. O primeiro, banha Silves pela frente; o segundo, por trás, formando um lago só que dá acesso aos rios Sanabani, Itapani, Anebá, Urubu, Tatuacá, e Taiaçú. Com a vazante, que já está acontecendo, belas praias de areias brancas surgem por todos os lados, de setembro a março”.

A Aldeia dos Lagos disponibiliza vários passeios para quem quer viajar pelo mundo amazônico.

“Temos um passeio pelo rio Sanabani, que vai até o Mirante das Araras. Do alto do mirante dá para ver a imensidão da floresta. No final da tarde fazemos uma observação de aves, não daquelas com binóculo, vendo o pássaro lá longe. Na Ponta do Castanha várias espécies de aves, principalmente papagaios, ficam no chão, próximas da gente, enquanto passamos”, garantiu.

“O passeio noturno acontece na comunidade Ituã. Depois de observar, e ouvir, os animais noturnos durante a ida até a comunidade, o visitante vai pescar de zagaia, ou tarrafa, junto com os comunitários, e depois jantar com eles os peixes pescados”, disse.

“E estes são apenas alguns dos passeios disponibilizados para os visitantes”, esclareceu.

A formiga e o tucano

Como é uma pequena ilha, a cidade de Silves pode ser visitada por inteiro, mas é bom estar em forma para a caminhada, pois em determinados lugares, mais para a frente da ilha, as ruas são altas ladeiras. Para se ter idéia dessa disparidade de altura, por uma escadaria de 120 degraus, pode-se ir da parte baixa para a alta da cidade. No topo da escada, um Cristo Redentor observa o lago Saracá. Saracá é uma formiga, um pouco alongada, marrom, de andar lento, que só existe naquela região. Canaçarí, o lago que banha Silves por trás, homenageia uma espécie de tucano que voa por aquelas matas.

Silves não possui nenhuma comida típica e o que se encontra nos restaurantes (Lira Neta, da Lídia, da Célia, da Marcela, do Diógenes) é o trivial feijão com arroz, frango, carne vermelha e peixes como tambaqui e pirarucu pescados lá mesmo. Ainda existe a Feira de Gastronomia e Produtos Regionais, que reúne dez boxes servindo café da manhã, almoço e jantar. O visitante pode passar em qualquer um dos restaurantes e boxes e encomendar o que deseja degustar.

Para se hospedar existem pousadas e hotéis (Aconchego, dos Viajantes, Shalon, Guanavenas, Aldeia dos Lagos, da Letícia, Gonçalves, Gadelha) com diárias para todos os bolsos.

Na religião destacam-se três templos católicos: a histórica igreja de N. Sra. da Conceição, padroeira do município; a de N. Sra. do Perpétuo Socorro; e a de São João.

Atualmente, com a plenitude da cheia, as águas do Saracá e Canaçarí estão no limite das ruas da beira da ilha, mas já estão baixando. A principal de Silves é a praia do Terceiro, junto a bares que servem bebidas e petiscos.

Os eventos mais importantes na cidade são a Festa do Saracá, no último final de semana de outubro; a Festa da Padroeira, N. Sra. da Conceição, 7 e 8 de dezembro; e a queima de fogos na praia do Mucajatuba, na chegada do Ano Novo, quando também é festejada N. Sra. do Perpétuo Socorro.

Como chegar lá  

Para se chegar até Silves, segue-se pela AM 010 (Manaus-Itacoatiara) por 220 km até a entrada, no lado esquerdo da via, da estrada da Várzea, que deverá ser percorrida por mais 107 km. Pode-se fazer paradas estratégicas em Rio Preto da Eva (km 80) e Vila de Lindóia (km 180). Uma balsa faz a travessia pelo lago Saracá até a ilha. Informações: 9 9606-0820.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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