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Trimestre dá sinal verde para temporários

Andreia Leite

O número de contratações temporárias pode variar de acordo com as condições do mercado. Para o segundo trimestre de 2024, a Asserttem (Associação Brasileira do Trabalho Temporário) estima a abertura de aproximadamente 500 mil vagas temporárias. O setor industrial lidera as oportunidades para os próximos meses. Segundo a instituição, 45% das oportunidades devem ser provenientes desse segmento, com serviços em segundo lugar (35%), seguido por comércio (15%) e os demais setores (5%).

Apesar da projeção positiva, o presidente da associação, Alexandre Leite Lopes, sugere cautela.  “Observamos uma certa preocupação com a economia por parte dos empresários. Por isso, a projeção é cautelosa para os meses de abril, maio e junho deste ano”, afirma 

Lopes explica que historicamente o Trabalho Temporário tem a tendência de antecipar o que vai acontecer no mercado de trabalho, bem como na economia de forma geral. “Isso porque as empresas se apoiam no regime jurídico de contratação para atender às demandas extraordinárias de acordo com o que planejam entregar para os meses seguintes”, frisa.

No mesmo compasso, Cilene Herbster, diretora regional Norte da Asserttem, enfatizou que 

a previsão é moderada, em razão das incertezas do mercado. “As empresas continuam com o “pé no freio” para contratar, esperando o que vai acontecer na economia. Por isso, se apoiam no regime jurídico de contratação temporária para atender às suas necessidades, de acordo com os pedidos que recebem”.

De acordo com a diretora, as empresas costumam ter um processo de contratação mais complexo, com janelas fixas de contratação e desligamento, diferente do trabalhador temporário, cuja intermediação é feita por uma agência, que possui diversos cadastros de profissionais aptos a iniciar imediatamente as atividades na empresa cliente, e o contrato permanece ativo enquanto o motivo justificador da contratação, se mantiver.

Para este período, são de 500 mil vagas temporárias,  em razão do Dia dos Namorados, e principalmente,  pelo Dia das Mães, uma data importante de vendas. 

Segundo a Asserttem, no primeiro semestre de 2024, foram geradas 780 mil vagas, um aumento de 6% se comparado ao mesmo período de 2023, o que geralmente não acontece. “Acreditamos que as empresas anteciparam a produção do primeiro semestre, e por esta razão, a previsão é de estabilidade nos  números de contratação, igualando  2024 a 2023, onde foram geradas 1.2 milhão de contratações, de janeiro a junho”, avaliou  Cilene Herbster, diretora regional Norte da Asserttem.

No Amazonas, a demanda por trabalho temporário segue um padrão dinâmico, principalmente em datas festivas como Dia das Mães, Dia dos Namorados e festas juninas.. Segundo a CEO da Alpha Consultoria e Recursos Humanos, Márcia Santos,  esse aumento da demanda é impulsionado principalmente pelas indústrias, que são a base industrial da região. “Estas indústrias, por sua vez, impactam positivamente o comércio e os serviços locais, refletindo um ciclo de crescimento econômico temporário”. 

Essas contratações temporárias são reguladas pela Lei Federal 6.019/74 e pelo Decreto nº 10.854/2021 e servem como um indicador da atividade econômica nacional.

Portanto, as empresas utilizam esse regime de contratação para atender às demandas sazonais e planejar suas atividades para os meses seguintes.

“É importante notar que, apesar de os dados da Asserttem serem nacionais, eles refletem positivamente no Estado do Amazonas, indicando um ambiente econômico favorável e oportunidades de emprego temporário para a população local. Este dinamismo na contratação temporária contribui para o desenvolvimento econômico regional e para o aumento da atividade comercial durante os períodos festivos”, pontuou Márcia Santos. 

Consolidação 

“Houve um deslocamento produtivo para o 1º trimestre do ano. Ou seja, a cautela do empresário o fez antecipar sua produção e, consequentemente, as contratações temporárias. O que resultou nesse incremento de 6%”, explica o presidente da Asserttem.

Assim, a associação espera uma estabilidade no volume de vagas temporárias ofertadas no 1º semestre de 2024, em relação a 2023, quando foram geradas mais de 1,2 milhão de vagas nos seis primeiros meses do ano.

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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