O presidente do Cieam (Centro da Indústria do Estado do Amazonas), Wilson Perico, avalia que a Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus) vem cumprindo com bom desempenho o seu papel de gerenciar as atividades do parque industrial do Amazonas. Para ele, a autarquia resgata a sua autonomia e se mantém afinada com atual governo do presidente Jair Bolsonaro.
Segundo o empresário, a Suframa teve uma atuação preponderante em vários momentos em defesa do PIM (Polo Industrial de Manaus) principalmente durante o governo do então presidente Fernando Henrique Cardoso quando a arrecadação da autarquia foi contingenciada. E, a partir daí, os recursos foram descontingenciados.
Perico também ressalta o trabalho do superintendente Alfredo Menezes que interage diretamente com o governo federal – uma forma estratégica e avançada em defesa dos interesses do modelo de desenvolvimento do Amazonas.
Em entrevista ao Jornal do Commercio, Wilson Perico fala sobre as atividades da Suframa e avalia o atual cenário econômico.
Jornal do Commercio – A Suframa completa mais um ano gerenciando as atividades da ZFM. Como o sr. avalia a atuação da autarquia?
Wilson Perico – O trabalho da Suframa em defesa da Zona Franca foi marcado por momentos preponderantes. A autarquia presta um grande serviço em gerenciar e fiscalizar as atividades de um modelo desenvolvimento econômico que deu certo no Brasil. Nós só temos que agraciar essa atuação que só contribui para a manutenção da ZFM.
JC – Fala-se que o atual superintendente da Suframa tem sido alvo de reclamações por parte de alguns políticos por uma suposta morosidade em defesa da ZFM junto ao governo Bolsonaro. O sr. tem informações sobre isso?
WP – De minha parte, não…..Não tomei conhecimento sobre esse assunto…..
JC – Como o sr. avalia, então, a gestão do superintendente Alfredo Menezes?
WP – Tem sido um superintendente atuante que vem resgatando a autonomia e a credibilidade da Zona Franca de Manaus. Alfredo Menezes é um homem afinado que mantém uma interação bem próxima com o presidente Jair Bolsonaro. Tudo isso reforça a defesa da ZFM, principalmente agora em que vão começar as discussões sobre a reforma tributária.
JC – E a questão dos concentrados?
WP – Prefiro não falar sobre isso…..
JC – A reforma tributária deve ser este ano a principal pauta no Congresso. Será que as mudanças vão manter as vantagens comparativas da ZFM?
WP – A reforma tributária é o maior desafio que temos pela frente. Mesmo com as mudanças, que virão inevitavelmente, vislumbro boas perspectivas de negociação para manter a competitividade dos produtos da Zona Franca de Manaus. Mas para isso, dependemos da nossa bancada em Brasília, que tem sido atuante em defesa dos benefícios fiscais do Amazonas. Precisamos ficar atentos com essa questão. Vai exigir mais luta por nossos interesses em Brasília.
