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Sindicalistas amazonenses elogiam isenção

A isenção da Cofins (Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social) para fabricantes de motocicletas foi bem recebida por líderes sindicais no Polo Industrial de Manaus. Segundo o representante da CUT (Central Única dos Trabalhadores) no Amazonas, Waldemir Santana, a medida anunciada pelo governo atende a uma reivindicação feita pelos sindicatos em janeiro, como forma de garantir os empregos no setor e incentivar as vendas de motocicletas.
A expectativa é que a medida, que vai vigorar por três meses, amenize os efeitos negativos da crise financeira internacional nesse setor industrial na capital amazonense, cujas vendas tiveram queda de 30% em janeiro em comparação com dezembro do ano passado. “Temos certeza de que a medida viabilizará o aumento das vendas e a melhoria dos preços dos produtos, além de manter os trabalhadores em seus postos”, afirmou Santana.
Para o governador do Amazonas, Eduardo Braga, a isenção da Cofins no chamado setor de duas rodas vai assegurar a manutenção milhares de empregos diretos no parque fabril de Manaus e contribuir para a redução do preço dos produtos para o consumidor final.
Braga disse que o consumidor também terá mais facilidade no acesso ao crédito, porque o governo federal está injetando mais recursos no sistema financeiro e liberou, por intermédio do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), R$ 100 bilhões para estimular o setor produtivo.
Desse total, cerca de R$ 5 bilhões deverão ser direcionados às instituições financeiras de pequeno e médio portes, responsáveis pelo financiamento das motocicletas produzidas no Amazonas. O segmento é o segundo em faturamento no Polo Industrial de Manaus –o primeiro é o de eletroeletrônicos.
Em entrevista à Agência Brasil, o presidente da Força Sindical no Amazonas, Vicente Filizola, disse que a isenção da Cofins no setor de duas rodas foi uma medida justa, que tem um efeito prático importante neste momento de crise:
“A medida é mais do que justa para quase 30 mil trabalhadores que, direta e indiretamente, atuam no polo de duas rodas em Manaus. Nossa expectativa agora é de que os preços das motos caiam e, ao mesmo tempo, as vendas aumentem e os empregos sejam mantidos”.
Levantamento da Secretaria de Planejamento do Amazonas diz que a produção do setor em janeiro deste ano foi 85 mil motocicletas, caindo no mês seguinte para 81.494 unidades. Atualmente, 20 fabricantes atuam no setor de duas rodas no polo industrial: quatro são indústrias de bicicletas e 16 de motos. Juntas, essas indústrias concentram 99% de toda a produção nacional.
O total de empregos diretos no segmento saltou de 12,8 mil, em 2006, para 15 mil, em 2007 e, em 2008, para 19 mil.
No ano passado, os fabricantes de motos lançaram no mercado 2.388 milhões de veículos.
O montante representou aumento de 27% sobre 2007, com um faturamento de US$ 4.29 bilhões apurados até junho de 2008 e 28,51% de participação entre as atividades da região.
Por meio de sua assessoria de comunicação, a direção da Moto Honda informou que só vai se pronunciar oficialmente sobre o assunto depois de avaliar as medidas anunciadas pelo governo federal com outros dirigentes da empresa.
A fábrica da Honda em Manaus é a única representante da marca no Brasil e a maior em número de contratações no parque fabril amazonense. A fábrica japonesa tem 10 mil trabalhadores empregados diretamente em sua representação no Brasil.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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