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Setor portuário do Amazonas sofre retração no 1º semestre

O setor portuário no Amazonas encerrou o primeiro semestre com saldo negativo de 4,55% em relação ao movimento de cargas, se comparado ao ano passado. As quedas consecutivas estão associadas a vários fatores que contribuíram para o fraco desempenho do setor. 

Os números divulgados pela Antaq (Agência Nacional de Transportes Aquaviários), indicam que nos primeiros seis meses de 2021, o volume movimentado nos terminais chegaram a 

14.884.851 toneladas de cargas, com retração frente ao mesmo período do ano passado, que movimentou 15.595.169 em toneladas de volumes transportados.

Pandemia, cheia dos rios,  alta da moeda americana e ao menor volume de combustíveis, são apontados como os principais responsáveis pelos resultados. Ao longo dos meses, representantes do segmento acompanharam a retração na atividade.  

Analisando os números, o diretor do Sindarma  (Sindicato das Empresas de Navegação Fluvial do Estado do Amazonas), Dodó Carvalho, reitera que a elevação do dólar impacta diretamente na demanda por combustível, um dos principais produtos do grupo de mercadorias transportadas no Estado.

“O aumento do dólar impacta diretamente no preço internacional do combustível, tornando a importação inviável. A redução no volume de compra de combustível consequentemente impacta no volume de cargas transportadas pelas embarcações. O combustível representa significativamente no balanço da movimentação portuária”. Ele acrescenta ainda que a cheia dos rios afeta plantações no interior do Estado o que gera redução, também, no volume de produção agrícola transportada.

Nos meses de janeiro a maio, a movimentação apontou que cerca de 11,9 milhões de toneladas de itens foram transportados, o decréscimo foi de 8,35% em relação ao fluxo de cargas transportadas nos primeiros cinco meses de 2020.

Dados de abril apontam que  foram movimentadas 2,2 milhões de toneladas de cargas, uma queda de 10,25% em relação a igual período do ano anterior. Foram 1,2 milhão de toneladas em cargas desembarcadas, o que representa retração de 18,69%, no entanto, o volume de cargas embarcadas apresentou alta  de 3,20%, somando 1,2 milhão de toneladas. 

Em maio, foram desembarcadas mais de 1,1 milhão de toneladas de produtos no Estado, o que representa um resultado de 21,45% inferior considerando maio de 2020. Em relação ao volume de cargas embarcadas a redução foi de 22,46%, totalizando 889,7 mil toneladas.

A crescente dificuldade em alguns setores, responsáveis pelo abastecimento dos insumos, fez a indústria apresentar fraco desempenho atrelado, justamente, ao suprimento destes. O comprometimento dos insumos para essa cadeia, em razão da crise sanitária global, fez chegar pouca quantidade de cargas no Amazonas. Se chegou menos insumos, saíram menos produtos acabados”.

Por dentro

Entre as mercadorias que apresentaram maior queda no semestre, destaque para  combustível aparece com a maior queda, com redução de 30,6%. Seguido das sementes e frutos com retração de 8,91% no total transportados pelas embarcações no período.

Já entre o perfil de cargas com maior retração no período, a conteinerizada registrou  decréscimo de 89,54%. Granel Líquido e gasoso com diminuição de 27,18%.

Foto/Destaque: Divulgação

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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