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Serrista perde eleição para presidir PSDB em São Paulo

Após votação tumultuada, o vereador Andrea Matarazzo (PSDB) retirou sua candidatura à presidência do PSDB de São Paulo acusando três secretários de Estado tucanos de terem usado a máquina do governo Geraldo Alckmin para influenciar o resultado da disputa e derrotá-lo. Aliados de Matarazzo disseram temer uma debandada da sigla na capital, a exemplo do que houve em 2011, quando seis vereadores trocaram o PSDB pelo PSD, do ex-prefeito Gilberto Kassab.
O possível abrigo dos descontentes, agora, seria o partido que resultará da fusão do PPS com o PMN. Matarazzo é aliado e amigo do ex-governador José Serra, que foi convidado e estuda migrar para a nova sigla.
“Me preparei para disputar com um candidato, mas enfrentei três secretarias de Estado, com todo o poder delas. Aí, obviamente, perco com orgulho”, disse Matarazzo, numa referência aos secretários José Aníbal (Energia), Bruno Covas (Meio Ambiente) e Júlio Semeghini (Planejamento).
Covas e Aníbal se uniram para montar uma candidatura alternativa à de Andrea. O nome escolhido foi o do ex-deputado Milton Flávio, que é subordinado a Aníbal na Secretaria de Energia. Os dois secretários e Matarazzo almejam disputar a Prefeitura de São Paulo em 2016, o que ampliou a hostilidade na votação do PSDB.
Com a desistência de Andrea, Flávio foi eleito por aclamação. “Reconheço a vitória do Milton Flávio e a do Aníbal, que foi quem de fato ganhou” afirmou Matarazzo.
Procurado, Aníbal disse que a fala do vereador reflete uma “visão torta” da sigla “ganhou a militância”.
Semeghini, que é o atual presidente da sigla, foi quem conduziu as negociações. Ele, Covas e Matarazzo chegaram a fechar acordo em torno da eleição de Andrea, negociando os demais cargos da executiva. O vereador afirma que esse acordo foi quebrado.
“Eu fui derrotado junto com o Andrea. Não acredito que estivesse se referindo a mim”, disse Semeghini. “O Semeghini não está comigo em nada. Nem na vitória, nem na derrota”, devolveu Matarazzo.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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