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Omar e Arthur afinam discurso

O governador Omar Aziz (PSD) e o prefeito Arthur Neto (PSDB) cumpriram, ontem, agenda conjunta durante visita do ministro dos Esportes, Aldo Rebelo (PCdoB), à obra da Arena da Amazônia, mas evitaram exagerar nos afagos, apesar do discurso afinado, para evitar especulações sobre 2014.
Enquanto o prefeito aproveitou para descarregar suas baterias no governo Dilma e reafirmar compromisso de cumprir até o fim sua gestão, Omar foi mais arredio para falar sobre política eleitoral e disse que ainda é cedo para se tratar de alianças. “Não peça para eu fazer alianças pensando no melhor para o Amazonas, não temos salvador da pátria. Nenhum candidato é Deus para resolver todos os problemas. Esse discurso não pega na população e eu não vou permitir esse discurso”, explicou Omar.
O governador fez questão de confirmar o bom relacionamento com Arthur, mas faz questão de desconstruir qualquer argumentação em torno de união de forças, mesmo sem confirmar ou negar o assunto. “Eu estou preocupado com quem vive em Manaus. Não podemos nos furtar de trabalhar em conjunto. Não podemos olhar a questão eleitoral pura e simplesmente. Você não pode mudar de opinião sobre pessoas só por uma questão eleitoral”, disse.
O prefeito Arthur Neto elogiou o governador, mas preferiu não deixar no ar nada que vislumbre uma parceria maior para 2014. “Nós não temos tratado sobre o ano que vem, pois temos muitos desafios para este ano”, disse. Arthur preferiu focar nas críticas às últimas medidas da presidente Dilma Roussef, inclusive a decisão pela alta na taxa básica dos juros. “A presidente erra quando ela insiste em ganhar o 2014, ela está perdendo o 2013, olha aí o tomate, inflação, o descontrole na economia”, criticou.
Da mesma, avalia como equivocada o enfoque da presidente na política econômica. “Eu não teria feito esse aumento nos juros, e também era contra o rebaixamento que ela fez tão rápido e que no final se mostrou ineficaz, não cresceu a economia e explodiu a inflação. Eu teria feito o seguinte, como busquei fazer aqui, uma seria programação de cortes de despesas. Isso faria a inflação recuar” explicou.
Arthur também cobrou mais atitude das ações do governo, mas evitou se envolver em polêmicas sobre as eleições de 2014. “Eu não sou nem do partido da presidente, meu trabalho agora é governar Manaus e não fazer política, mas tenho falado isso para amigos. Se fosse para adotar o remédio dos juros mais alto, então não fosse 0,25%, foi muito tímido, foi um beliscãozinho. Que fosse maior, para sinalizar para os mercados que há um real interesse de deter a inflação”.
Analisando as últimas ações conjuntas com o governo, Arthur não poupou elogios e agradecimentos para o governador. “O Omar vem mostrando sua solidariedade, sua capacidade de homenagear a cidade na qual ele foi deputado estadual, presidente da assembléia, vereador, presidente da câmara, secretário de obras do município, vice-prefeito e vice-governador. E agora como governador, podendo ajudar Manaus, está se mostrando disposto e querendo fazer isso. Eu fico muito feliz e agradecido”.
Apesar do discurso, o prefeito fez questão de afirmar que não irá sair para governador em 2014. “Serei eleitor, seria muito injusto comigo, com Manaus, com o compromisso que fiz. Nunca deixei nenhum mandato meu pelo meio, não é da minha personalidade”. Arthur também não quis manifestar apoio a nenhum outro possível candidato alegando que o momento é para pensar em outras questões.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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