Pesquisar
Close this search box.

Samsung quer fabricar 2,5 mi de celulares

Apesar dos planos da coreana Samsung de voltar a produzir celular no PIM (Polo Industrial de Manaus) terem sido minados momentaneamente, em função do projeto da empresa não ter sido submentido ao CAS (Conselho de Administração da Suframa), na última sexta-feira, 26 -a deliberação de projetos foi adiada por motivos jurídicos-, a multinacional garante estar melhor estruturada e já pensa em aumentar seu quadro de pessoal.
O vice-presidente de Novos Negócios da Samsung, Benjamin Sicsú, lamentou o adiamento da reunião, agora prevista para acontecer até o fim deste mês, mas garantiu que isso não trará problemas a implantação do projeto. Ele disse que o potencial do PIM (Polo Industrial de Manaus) motivou a empresa retornar suas atividades em Manaus com maior vigor e assim que a proposta for aprovada, vai começar a comprar as máquinas e treinar os funcionários. Na quinta-feira, 25, o Codam (Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas) aprovou o projeto da empresa.
A projeção da coreana é fabricar 2,5 milhões de celulares nos primeiros 12 meses de atividade, prevista ainda para iniciar em 2010. O foco é atender o mercado nacional. Com isso, a empresa vai crescer sua oferta de mão de obra para mais de dois dígitos. Segundo Sicsú, em 2009, apesar da crise, a Samsung cresceu em mais de 20% sua mão de obra no PIM. “A empresa iniciou o ano com 1.600 empregos e terminou com 1.960”, disse, ressaltando que as contratações foram motivadas porque a firma passou a produzir monitores comercial -painéis grandes- e painel fotográfico.
Na opinião de Benjamin Sicsú, a Samsung vê o PIM como uma realidade, tanto é que está voltando a fabricar celular aqui, disposta a responder pela segunda colocação no ranking de produção. A nova linha de produção vai ser montada na antiga fábrica da Samsung Display (SDI). Além dos aparelhos celulares, a empresa vai lançar uma linha para fabricar condicionadores de ar. O projeto também vai passar pelo crivo da Suframa.

Problemas tributários

A linha de celulares da Samsung deixou de ser produzida no PIM há seis anos por conta de problemas tributários, referente ao enquadramento do produto na Lei de Informática. Sicsú disse que, naquela época, para a empresa, ficou uma situação muito incômoda ter de operar tendo sua competitividade afetada por conta das regras de então. Segundo o dirigente, hoje a situação mudou, a empresa também possui outra musculatura, se tornou mais potente, com grande produção, em condições, dentro das regras da Lei de Informática, de voltar a produzir celular. “A grande diferença é que a empresa tem escala e competitividade e alguns produtos já começaram a ser feitos em Manaus”, enfatizou.
A nova estruturação permitiu à multinacional coreana melhor faturamento, que saltou de R$ 300 milhões, em 2004, para R$ 1,6 bilhão no ano passado.

Empresa espera vender 60% das TVs no 1º semestre

No segmento de televisores, a Samsung se prepara para abocanhar parte das vendas que irão ocorrer por conta da Copa do Mundo. Sicsú disse que o evento esportivo sempre aumenta as vendas de televisores, mas o que faz mesmo é trazer as vendas do segundo semestre para o primeiro. “Com isso, 60% das vendas do produto ocorrerão neste semestre, enquanto o segundo será mais fraco”, afirmou.
Em linhas gerais, Sicsú disse que o mercado está crescendo, o consumidor está comprando mais e a empresa está vendendo muito mais televisores, máquinas fotográficas e DVDs. “Trabalha de acordo com a demanda de mercado, atendendo pedidos das grandes redes de varejo”, informou.
Além de plasma e LCD, a Samsung produz a tecnologia LED, cuja produção está crescendo bastante. O dirigente disse tratar-se de uma realidade por se tratar de uma televisão de melhor qualidade de imagem e som, ainda que mais cara em relação à LCD e plasma. “Na medida que a população vai obtendo mais renda vai melhorar sua venda e o preço vai cair quando a demanda permitir que haja produção em escala, como aconteceu com todos os produtos de TVs”, finalizou, ressaltando que hoje a LED está saindo na faixa de R$ 8.000 mil, dependendo do modelo e tamanho.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar