Pesquisar
Close this search box.

Salários de mulheres começam a melhorar

https://www.jcam.com.br/2401_Capa D.jpg

As diferenças entre homens e mulheres sempre foram marcantes na existência da humanidade com o chamado “sexo forte”, na maioria das vezes, se sobressaindo em relação ao feminino. Dados do Pnad (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) feitas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) no ano passado, nas áreas de educação e trabalho, ajudam a entender se realmente o gênero masculino continua à frente do feminino ou se as coisas não são mais como antigamente, pelo menos nessas duas áreas.

Em 2006, dos 187 milhões de brasileiros, 96 milhões eram mulheres, enquanto os restantes 91 milhões formavam a parcela masculina. Apenas na região Norte, o número de homens superava o de mulheres, o que não ocorreu em 2005. Isso se deve ao fato de haver menos mulheres acima de 60 anos no Norte do país, representando 51,5% da população nessa faixa etária; nas demais regiões, as proporções eram mais elevadas: Sudeste (57,2%); Sul (55,9%); Nordeste (55,2%) e Centro-Oeste (52,5%).

Conquistas no trabalho

De 2005 para 2006, o número de pessoas ocupadas cresceu 2,4% em todo o país, ou seja, entraram no mercado de trabalho mais 2,1 milhões de pessoas. Entretanto, esse crescimento foi abaixo do registrado em 2005 (2,9% em relação a 2004). A região Sudeste foi a única a apresentar variação positiva no nível da ocupação, sendo que, no país, o aumento entre as mulheres (de 45,3%, em 2005, para 46,8% em 2006) foi superior ao dos homens (de 68,3% para 68,2%).

Se na ocupação de postos de trabalho, as mulheres estão se fazendo mais presentes do que os homens, os seus salários, historicamente inferiores aos dos homens, também começam a reagir. Muito embora os rendimentos reais médios dos homens e das mulheres continuem diferindo, agora eles apresentam menos intensidade: em 2006, o rendimento de trabalho das mulheres representava 65,6% do rendimento dos homens, contra 64,4% em 2005; 63,5% em 2004; e 58,7% em 1996. As maiores diferenças salariais entre homens e mulheres estavam, em 2006, entre os trabalhadores por conta própria e trabalhadores domésticos.

Participação do Norte está inalterada

De 2005 para 2006, a força de trabalho brasileira cresceu 1,6%, que representa 97,6 milhões de pessoas economicamente ativas. A participação das mulheres no mercado de trabalho tem sido cada vez mais expressiva.

Em 2006, elas somavam 42,6 milhões, e sua participação cresceu de 43,1%, em 2004; para 43,5% em 2005; e 43,7% em 2006. Houve avanços da participação das mulheres nas regiões Sudeste (de 44,2% para 44,8%) e Sul (de 44,6% para 45,0%). Já nas regiões Norte, Nordeste e Centro-Oeste, não houve alteração significativa dessa participação.

Universitárias em alta

Apesar de o número de estudantes da rede pública ainda ser significativamente maior que o da rede privada (43,7 milhões contra 11,2 milhões, respectivamente), de 2005 para 2006, o total de estudantes na rede particular cresceu 7,5%; enquanto na rede pública diminuiu 0,7%. A expansão na rede privada foi mais forte no nível superior: 15,3%.
O número de estudantes no ensino superior cresceu 13,2% de 2005 para 2006. As mulheres mantêm a liderança nesse indicador desde 1996. Nos demais níveis, houve decréscimos (- 4,5% no pré-escolar e – 0,9% no ensino médio) e um ligeiro aumento (0,5% no ensino fundamental). Uma das causas desse fenômeno pode ser o envelhecimento populacional.

Para chegar a estes números, o IBGE entrevistou 410.241 pessoas, em 145.547 domicílios em todo o Brasil. A partir de outubro, cerca de 2.000 entrevistadores do instituto vão a campo para uma nova realização da Pnad, que, em 2007 completa 40 anos. Pela primeira vez, a coleta da pesquisa será eletrônica.

Tirando dúvidas

Um grupo de quatro universitários de ambos os sexos, todos empregados, respondeu a algumas questões simples, mas que demonstram bem as diferenças, ou não, entre homens e mulheres nos corredores acadêmicos. Edgar Santos, do curso de jorna

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
Compartilhe:​

Qual sua opinião? Deixe seu comentário

Notícias Recentes

Pesquisar