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River House, uma casa de caboclo

River House, uma casa de caboclo

As casas dos ribeirinhos são uma marca registrada do homem do interior amazônico: pisos e paredes de madeiras retiradas da floresta e cobertas geralmente com telhas de zinco. São a imagem da simplicidade. Pois foi exatamente procurando essa característica que o casal de corretores Virna Lisi e Sandro Rufino construiu, há seis anos, o River House, um flutuante que em nada deixa a dever a uma casa ribeirinha, porém, com as comodidades encontradas numa casa na cidade. O flutuante está localizado sobre as águas tranquilas do rio Tarumã Açu.

“Nosso objetivo era, nos finais de semana e feriados, sair do caos que é Manaus e ter momentos de tranquilidade com nossos filhos”, contou Virna Lisi.

E assim foi por dois anos até que começaram a aparecer pessoas interessadas em querer alugar o flutuante para, também ter algumas horas de tranquilidade.

“Foi então que vimos ser aquela uma oportunidade de o flutuante ter uma segunda utilidade: ser uma fonte extra de renda”, lembrou Sandro.

Há quatro anos Sandro e Virna Lisi começaram a alugar o River House, principalmente nos finais de semana, e nem demorou para as reservas precisarem ser feitas com antecedência porque interessados não mais faltaram. Permanentemente o espaço está ocupado.

Vina Lisi e Sandro: negócio é administrado com cuidado e sob a vigência de contrato de uso

Na região onde o River House está localizado existem outros flutuantes, nas duas margens do rio, inclusive restaurantes, cada um no seu espaço, e respeitando a natureza, o maior bem que todos ali procuram. Alguns dos flutuantes mantém a idéia original de Sandro e Virna Lisi, servindo apenas como espaço de lazer para seus proprietários, outros já transformaram o lazer em negócio.

Famílias são prioridade

Como qualquer outro empreendimento, principalmente com prestação de serviços, existem os prós e os contra.

“No começo alugávamos para qualquer pessoa que pagasse o valor do aluguel, mas acontecia de, no final, perdermos dinheiro pelo prejuízo que nos causavam, destruindo algum bem disponibilizado no flutuante. Com o tempo fomos aprendendo, nos organizando, e tornando o River House num negócio”, explicou Virna Lisi.

Hoje o aluguel do River House é feito através de contrato, com o contratante se responsabilizando por tudo que se encontra no estabelecimento pelo tempo que o ocupar. Também o casal de contadores prioriza as famílias que, como eles, buscam apenas um espaço para ter momentos de paz.

“Aconteceu de alugarmos para grupos de jovens e quando deu a hora deles saírem, empolgados com a festa que promoviam, não queriam sair de jeito nenhum, então, como qualquer negócio, o empreendimento deve ser administrado como tal”, ensinou Sandro.

O aluguel do flutuante deve ser feito com antecedência, pois sempre há gente na fila. O contrato é assinado estabelecendo regras e horários de ocupação. Os próprios Sandro e Virna Lisi se encarregam de levar, e depois trazer, os hóspedes, de voadeira, até o flutuante partindo da prainha ou do porto da Vivenda Verde, ambos no bairro do Tarumã.

“A capacidade do espaço é para até 30 pessoas circularem com tranquilidade por todo o ambiente interno e externo do flutuante. A localização aqui, se as pessoas conhecem a região, é entre o tradicional flutuante Peixe Boi e o Hotel da Margem, mas apenas como referência, porque tanto o flutuante quanto o hotel não podem nem ser vistos daqui, apesar de estarem a minutos de distância”, avisou Virna Lisi.

Galeria cabocla

O River House mede 12m x 20m, com a casa assentada sobre toras de assacu e bóias plásticas. A casa possui uma sala com a cozinha ao lado, um quarto e banheiro, mais áreas externas na frente, atrás e nas laterais.

“O quarto tem uma cama de casal e três colchões extras. Espalhados por todo o espaço do flutuante, existem armadores para 14 redes”, revelou Virna Lisi.

Como Virna Lisi, além de corretora é curadora, ela transformou o River House numa pequena galeria cabocla. Nas paredes podem ser encontradas obras de Jair Jacqmont, Euros Barbosa e Jandr Reis, além de grafites em paredes externas de Nadja Kristhina e do baiano Flávio Tial. Esteiras de palhas de tucum também decoram paredes.

“Aqui no flutuante disponibilizamos uma casa ribeirinha com as comodidades encontradas numa casa de Manaus. Fogão, geladeira, mesas, louças, copos e talheres. O quarto tem uma televisão. Só não temos wi-fi, mas a internet pega bem”, informou Sandro.

“Na área externa temos uma churrasqueira e uma ducha, para quem não quiser cair n’água. Os amantes de uma pescaria podem se divertir fisgando tucunarés, matrinchãs, piranhas e peixes lisos, e prepará-los aqui mesmo”, completou.

Em período de total verão amazônico, essa é a época ideal para se conhecer o River House, com as águas do Tarumã Açu ainda em sua plenitude. Informações e reservas podem ser feitas pelo: 9 9263-9756.  

Evaldo Ferreira

é repórter do Jornal do Commercio
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