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Restos de jaca podem ser usados para fabricar carregadores elétricos

Divulgação

O durião, fruta que cresce na Ásia e tem casca espinhosa e polpa macia, ficou conhecido como a mais fedorenta do mundo. Por causa do mau cheiro, seu consumo foi proibido em hotéis e transportes públicos de algumas regiões. Mas a fruta chamou a atenção de cientistas por outro motivo. Pesquisadores da Universidade de Sydney descobriram que o durião tem componentes que podem ser usados para fabricar supercapacitores, dispositivos que podem carregar aparelhos eletrônicos. Mais conhecida pelos brasileiros, a jaca tem as mesmas propriedades.

Segundo o estudo, os restos de durião e de jaca são capazes de gerar energia. “O durião e a jaca têm resíduos não comestíveis que são porosos e podem substituir materiais usados em supercapacitores, como nanotubos de carbono e grafeno”, disse Vincent Gomes, professor da Escola de Química e Engenharia Biomolecular. 

Os pesquisadores conseguiram produzir aerogel – um dos componentes dos supercapacitores – usando a jaca e o durião. O material se parece com sílica. Isso já havia sido feito com outras frutas, mas não com a eficiência que os cientistas conseguiram alcançar agora. 

“[Essas frutas] se tornaram candidatos ideais para o armazenamento de energia. Converter resíduos de alimentos em produtos de valor agregado não apenas vai melhorar a economia como também vai reduzir a poluição ambiental", afirmou Gomes.

Fiocruz divulga possível eficácia de medicamento contra covid-19

Crédito: Divulgação

Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) identificaram, em laboratório, que o antirretroviral atazanavir pode inibir a replicação do novo coronavírus em células infectadas. Os resultados obtidos ainda precisam ser confirmados através de testes clínicos com pacientes para que o medicamento se torne uma possibilidade no combate à doença.

A pesquisadora Milene Miranda, do Laboratório de Vírus Respiratórios e do Sarampo do Instituto Oswaldo Cruz (IOC/Fiocruz), avaliou que os resultados foram muito promissores, já que o antirretroviral, usado no combate ao HIV, não só inibiu a replicação viral como reduziu o quadro inflamatório das células infectadas.

"Se a pessoa tem um processo inflamatório menor, ela tem um melhor prognóstico", resumiu a bióloga.

Para a realização dos ensaios in vitro, pesquisadores utilizaram um isolado viral produzido a partir de uma amostra de paciente infectado no Rio de Janeiro. Antes dos ensaios, a metodologia contou com a utilização de análises de modelagem computacional para simular como o atazanavir interage com a enzima usada pelo vírus para se replicar no corpo humano.

O trabalho foi enviado para a revista científica Nature Communications e disponibilizado para a comunidade científica internacional em formato preprint – sem revisão formal por outros especialistas da área -, o que acelera a troca de informações entre pesquisadores, enquanto os trâmites de uma publicação científica seguem paralelamente.

Milene Miranda explica que uma das vantagens da pesquisa com medicamentos já utilizados para outras doenças é a possibilidade de superar mais rapidamente às exigências regulatórias, caso os próximos experimentos confirmem que a substância poderia ser utilizada contra o coronavírus.

"Quando você descobre um novo medicamento, entre descrever uma atividade in vitro e ter esse medicamento podendo ser administrado, isso pode levar 20 anos. Mas, quando se observa um segundo uso para um fármaco que já é utilizado, você consegue agilizar algumas dessas etapa", afirma ela.

Papel de pólen funciona como músculo artificial

Crédito: Divulgação

Cientistas da Universidade Tecnológica Nanyang, de Cingapura, criaram um material similar ao papel, mas feito de pólen.

A surpresa é que o papel de pólen se dobra e ondula em resposta à mudança nos níveis de umidade ambiental, abrindo caminho para seu uso como sensor e até mesmo como músculo artificial e como atuador para robôs moles.

Combinado com impressão digital, afirmam Ze Zhao e seus colegas, o papel de pólen pode servir para a fabricação de uma nova geração de atuadores naturais programáveis – componentes em uma máquina responsáveis por mover e controlar um mecanismo.

Em uma das demonstrações, o material foi dobrado em formato de flor, que "desabrocha" na presença de vapor de água. Noutra, as propriedades físicas do material são ajustadas em tempo de voo, permitindo que uma pequena fita ande, ondulando-se como uma minhoca.

"Esses resultados se baseiam em um trabalho recente da nossa equipe, no qual mostramos como os grãos de pólen duros podem ser convertidos em partículas de microgel macias, que alteram suas propriedades em resposta a estímulos externos. Esse processo também processa o pólen e os produtos que criamos a partir dele, tornando-o não-alergênicos," disse o professor Cho Nam-Joon.

Fonte: Lilian D´Araujo

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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