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Produção de celulares aumenta 20,62%

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As linhas de produção de telefones celulares do PIM (Polo Industrial de Manaus) faturaram US$ 902.98 milhões no acumulado até julho, conforme dados da Suframa (Superintendência da Zona Franca de Manaus). Com isso, o montante produzido pelas empresas avançou 20,62%, de 9,18 milhões (2009) para 11,74 milhões (2010).
Um dos principais produtos do polo em termos de faturamento, ao lado de TVs e motocicletas, os telefones celulares ganharam maior fôlego neste ano, em virtude da demanda crescente de consumidores, principalmente em datas comemorativas. Em ano de retomada, mesmo datas com menos tradição, a exemplo do Dia dos Pais e do Dia das Crianças, adotaram o produto como presente.
Ano passado, no acumulado de 12 meses, o total vendido pelos fabricantes alcançou a cifra de US$ 1,37 bilhões. A média mensal de faturamento cresceu 13,22% até julho de 2010, com US$ 129 milhões (2010) contra US$ 113.94 milhões (2009).
Os telefones celulares lideram a pauta de exportações do Amazonas há anos, conforme dados fornecidos pelo Mdic (Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior). O órgão informa que as vendas externas do produto avançaram 46,56% no acumulado dos oito meses iniciais de 2010, com US$ 265.07 milhões (2010) contra US$ 177.23 milhões (2009). O valor, no entanto, está abaixo do faturado pelos fabricantes há exatos dois anos, nos meses anteriores à chegada dos efeitos da crise econômica global em solo amazonense.
A alta da demanda vem impulsionando também a instalação de novas linhas de produção, a exemplo da CCE, que nesta semana anunciou a intenção de produzir o aparelho em sua planta. O aquecimento do mercado impulsionou também o retorno de investimentos ao polo. É o caso da Samsung, que há cinco anos havia transferido sua linha para São Paulo e neste ano anunciou a retomada das atividades na capital amazonense, tendo para isso submetido projeto ao CAS (Conselho de Administração da Suframa) e ao Codam (Conselho de Desenvolvimento do Estado do Amazonas).

Praticidade no acesso

A praticidade no acesso a internet, as otimizações nas imagens e nos áudios têm sido pontos fortes na hora da compra de celulares. Mesmo desconhecendo grande parte dos recursos disponibilizados pelos modelos atuais, muitos consumidores aderem ao produto para acompanhar as tendências. É o caso do vice-presidente da Fieam (Federação das Indústrias do Amazonas), Nelson Azevedo.

Nokia aposta em fabricação local de smartphone, a partir deste mês

Com o seu modelo Touch Screen, ele afirma que não é o tipo de pessoa indicada para falar das funcionalidades do celular, mas não perde a oportunidade de comprar os dispositivos de última geração. “Eu sou da época do aparelho somente para ligar e mandar mensagem. Porém, mesmo sem saber operar, acabo comprando os novos modelos”, desabafou.
Azevedo fala que o dispositivo é um dos itens que está sempre presente nas pautas do polo e, devido às mudanças tecnológicas, tem mostrado números cada vez mais altos para a indústria. “Hoje, cada membro das famílias tem o seu modelo. É um objeto que não pode faltar”, analisou.
O dirigente enfatiza que, mesmo com os juros altos, a facilidade na hora da compra, com financiamento em pequenas parcelas, é um dos motivos para a alta nas vendas.
“Além disso, os cidadãos estão subindo na escala das classes sociais, apesar de em ritmo pequeno”, destacou.
Na tentativa de acompanhar as mudanças, Azevedo comenta que as empresas estão investindo cada vez mais. “Não só em termos de máquinas, o investimento também acontece na mão-de-obra, para as operações”, destacou.

Líder de mercado

Com modelos variados, que vão desde celulares mais simples a smartpones, como o Nokia N85 ou Nokia 5800 Comes With Music, a Nokia é experiente quando o assunto é celular. Segundo estatísticas do Instituto de pesquisas Gartner, ela é a principal fabricante do produto no Brasil.
A partir deste mês, um das apostas da empresa é fabricar o modelo N8 na base no PIM. “Será o primeiro smarthfone Nokia, com tela compatível a toques múltiplos, a rodar o sistema operacional Symbian”, detalhou o gerente de comunicação da fábrica da Nokia em Manaus, Paulo Ariel.
O representante fala que há alguns anos a fabricante finlandesa percebeu que o mercado estava mudando e que o foco não estava somente no aparelho, mas também nos serviços que ele pode proporcionar. “Pensando nisso, passamos por um reposicionamento estratégico e nos tornamos uma empresa de serviços, deixando de ser apenas uma fabricante de telefones”, enfatizou.
Ariel diz que, somente em 2009, a Nokia investiu 6 bilhões de euros para pesquisa e desenvolvimento no mercado de mobilidade.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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