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Procura por seguros no Amazonas cresce 10% no semestre

Entre os segmentos que alavancaram as receitas durante a pandemia, o de seguros, não tem do que reclamar. E nesse boom, o mercado no Amazonas manteve uma crescente de 10,9% no primeiro semestre,  na comparação com o mesmo período do ano passado.

O setor tornou-se ainda mais relevante durante a pandemia. Para se ter uma ideia da performance, o acumulado nos últimos 12 meses absorveu uma procura de 9,6%. Os índices foram divulgados pela CNseg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde Suplementar e Capitalização)

O seguro patrimonial lidera a demanda com um incremento de 29,8%, seguido do rural 28,3%; os planos de risco tiveram aumento de 26,7%;  cobertura de pessoas 17,7%, seguido do seguro de automóvel 11%.

O especialista em seguros e empresário do setor Érico Parente, justifica esse aumento. “O mercado de seguro é um ramo da economia muito importante para a proteção do patrimônio e a proteção deve ser constante e principalmente em períodos econômicos difíceis.  A pandemia fez as pessoas enxergarem com maior necessidade o aumento de suas reservas de emergência e suas proteções financeiras para os imprevistos. Principalmente sobre o falecimento e o problema que a falta de recursos financeiros causam para seus herdeiros”, atribui. 

Segundo o especialista, antes da Covid-19, o trabalho de consultoria da empresa que ele atua enfrentava o desafio de despertar nas pessoas a necessidade em apontar os riscos sociais e do seu patrimônio. Com a pandemia a população se desesperou e viu a necessidade iminente de ter proteções e planejamento financeiro, com a redução do número de casos diminuindo essa urgência. “Penso que o senso de proteção aumentou pelo fato de muitas pessoas estarem mais vulneráveis ao risco de morte e isso aumentou a demanda pela proteção financeira e patrimonial”. 

“Causou aumento pela demanda em planos de saúde, aumento de reservas financeiras em previdência pois é um investimento que possui liquidez imediata para transmissão de patrimônio pelo falecimento e outros investimentos não possuem essa característica. Aumentou a procura de seguros de vida. No caso de veículos, houve uma queda na produção de novos veículos e a aquisição de seguros não cresceu como em outros anos”, analisa ele. 

Ele lembra ainda que a busca por inventários cresceu 44% na pandemia e menciona que um inventário custa cerca de 27% do valor do patrimônio e que o  ITCMD (Imposto de Transmissão Causa Mortis e Doação) varia de um  Estado para o outro. “Aqui no Amazonas é 2% e em Santa Catarina é 8%. Se uma pessoa tem um patrimônio de R$ 1 milhão vai custar R$260 mil  para seus familiares fazerem um inventário. Será que essas famílias possuem liquidez imediata para resolver isso?”. 

Na mesma linha de percepção e análise, o presidente da CNseg, Márcio Coriolano,  afirma que o efeito precaucional contra o risco do coronavírus despertou maior interesse por ramos de seguros com coberturas diretamente correlacionadas à proteção de patrimônios e pecúlios para a família.

Conforme o presidente, os resultados para o segundo semestre dependem de fatores como renda pessoal, oferta de emprego, valor do combustível, entre outros.

“O cenário até o final deste ano corrente dependerá crucialmente do tamanho da taxa de aumento do PIB para abrir espaço à recuperação de ramos de seguros influenciados pela produção industrial, agrícola e comercial, que é o caso dos grandes riscos patrimoniais. E dependerá também do incremento da renda pessoal e do emprego, da demanda por produtos básicos patrimoniais, cobertura de vida, previdenciários, saúde suplementar e capitalização”.

De acordo com o estudo, em maio deste ano, tiveram destaques no Estado os índices de contribuição para os seguros patrimoniais 23,1%; planos de risco 22% e transportes 14,6%.

Foto/Destaque: Divulgação

Andréia Leite

é repórter do Jornal do Commercio
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