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Prefeitura abre concorrência para sistema de transporte

Se tudo correr como programado pela direção da SMTU (Superintendência Municipal de Transportes Urbanos), até o fim de 2011 a cidade de Manaus terá a frota de transporte coletivo mais nova do Brasil pelos próximos dez anos, com um total de investimento de R$ 5,3 bilhões patrocinado pelas empresas do setor, que tiverem suas propostas acolhidas pela comissão de licitação do transporte coletivo.
Atualmente, 1300 ônibus circulam na cidade e pertencem a uma única concessionária.
A previsão da SMTU é de que até o fim do mês de março tudo esteja homologado. De acordo com os prazos do edital, após serem escolhidas, as empresas terão 60 dias para reduzir a idade média dos ônibus em circulação de 8 para 4 anos e mais 60 dias para reduzirem as frotas de 4 para 2 anos, segundo explicação do superintendente do SMTU, Marcos Cavalcante.
Ônibus novos, serviços de qualidade e os 800 mil usuários de transporte urbano de Manaus podem contar com a certeza do aumento da tarifa. “Certamente que será reajustada, mas não podemos adiantar valores, somente após as avaliações técnicas para lançarmos uma tarifa que cubra os custos do sistema”, explicou Cavalcante.
A abertura das propostas foi feita ontem, no auditório da SMTU, no Terminal Rodoviário, bairro de Flores (Zona Centro-Sul).
Nove empresas apresentaram propostas de garantia para atuar no setor de transporte coletivo, foram elas: City Transportes Ltda., Viação São Pedro Ltda., Rondônia Comércio e Extração de Minérios Ltda., Viação Nova Integração Ltda., Via Verde Transportes Coletivos Ltda., Transtol Empresa de Transporte Coletivo Toledo Ltda., Expresso Coroado Ltda., Global GNZ Empreendimentos e Participações Ltda. e Auto Ônibus Líder Ltda.
O Edital de licitação, lançado em dezembro de 2010, determina que ‘a concessão do novo sistema de transporte convencional se constituirá de dez lotes de linhas, sendo a operação de cada lote, rota, local, trecho e horário dentro de cada área de abrangência, definidas a critério e por determinação do poder concedente.
Cada empresa considerada apta poderá operar em até dois lotes’. Ou seja, a cidade será dividida por setores que serão operados por várias empresas, cada uma com direito a duas regiões.
Segundo a avaliação de Cavalcante, a licitação feita na gestão municipal anterior foi equivocada, pois, entre outras coisas colocou a Transmanaus como única empresa para operar todo o sistema, tornando difícil a fiscalização.
Em um caso de intervenção, segundo ele, fica impossível parar todo o sistema pelo custo que isso acarreta. Já em dez lotes, como está dividida a proposta da licitação, fica mais fácil intervir em uma empresa que opera com 200 carros, do que com dois mil.
Presente na abertura dos envelopes das empresas de ônibus, a diretoria do STTR (Sindicato dos Trabalhadores de Transporte Rodoviário) surpreendeu com a atitude de aprovação da ideia da licitação, para eles começa uma nova fase de concorrências que vai trazer benefícios para trabalhadores e população. “Tudo o que é bom para o trabalhador é bom para o povo”, afirmou o presidente do STTR, Josildo Oliveira. De acordo com ele “a Transmanaus foi um monstro criado pela gestão municipal passada”.
Para Oliveira, a quebra do atual consórcio acaba com uma era em que os trabalhadores ficavam subjugados a um único patrão, sem ter possibilidade de ir para outra empresa quando dispensados. “Agora teremos competição. E concorrência gera emprego”, finalizou.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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