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Portáteis puxam varejo de informática

As lojas que trabalham com a venda de computadores e periféricos estão comemorando o aumento das vendas e a boa aceitação de produtos que antes eram vistos como artigos de luxo e desnecessários. O comércio de computadores portáteis –notebooks e netbooks– está impulsionando as vendas do segmento de informática em Manaus e já representa de 65% a 70% do total de computadores comercializados nas lojas da capital.
As três unidades da InfoCentro, por exemplo, vendem em torno de 400 computadores por semana, sendo que quase 300 são de modelos portáteis. O gerente geral da empresa, Mário Bruno, explicou que, como o preço das mercadorias é praticamente o mesmo -e até menor em alguns casos, dependendo da configuração-, os notebooks são os computadores preferidos pelos consumidores. “A cada dez máquinas vendidas, sete são notebooks”, comparou.
Netbooks e notebooks são vendidos com R$ 59 de diferença. Enquanto o primeiro produto custa R$ 940, o segundo sai por apenas R$ 999. Os PCs [computadores pessoais, na sigla em inglês] são um pouco mais carros, e custam R$ 1.159.
“A maioria dos nossos clientes procura os modelos básicos. Geralmente, são estudantes universitários ou pequenos comerciantes que precisam de um notebook para controlar os negócios, por exemplo”, informou. Mário Bruno acrescentou ainda que desde o início deste ano as vendas de notebooks vêm aumentando consideravelmente. Além disso, todos os anúncios publicitários da loja mostram o produto. “É só esperar que no dia seguinte os clientes chegam na loja com o encarte na mão e o computador circulado”, ressaltou.
Na PCI, a venda de computadores portáteis é o carro-chefe da empresa. De acordo com o vendedor Fábio Pinheiro, das 150 peças que saem do estoque das duas lojas mensalmente, apenas 60 são computadores de mesa há pelos menos um ano. “Quando o cliente compara o valor do PC com o notebook ou netbook, compra o portátil, fazendo com que pelo menos 60% da vendas sejam de computadores desse tipo”, comentou Fábio Pinheiro.
Na loja, o modelo básico de desktop custa R$ 1.118, enquanto os netbooks são comercializados a R$ 999 e os notebooks a R$ 1.080.

Periféricos em alta

Os assessórios secundários de um computador, como fones de ouvido, microfone, pen drive, impressora, escanner e copiadora, antes vistos como produtos dispensáveis estão caindo no gosto dos clientes. Tanto na InfoCentro quanto na PCI as caixas de som mais sofisticadas conhecidas como subwoofers e as impressoras multifuncionais são tão procuradas quanto os próprios computadores.
“Quase todas as pessoas já levam a máquina com um pen drive e uma impressora que faz de tudo: imprime, escaneia e copia”, confirmou o vendedor da PCI.
A variedade de marcas e modelos reduziu o preço dos assessórios (periféricos). Tanto que hoje é difícil encontrar uma pessoa que utilize computador com regularidade e não tenha impressora ou pen drive. Nas vitrines das lojas os periféricos estão posicionados com a intenção de mostrar sua importância aos clientes, para que eles saiam da empresa na mesma nota fiscal do computador.

Netbook ou notebook

A maioria dos clientes não sabe qual a diferença entre um notebook e um netbook, disseram os vendedores das lojas de informática. Segundo o especialista no assunto e desenvolvedor de softwares Renato Ipiranga, a denominação netbook surgiu devido à necessidade das fabricantes de produzir um portátil mais barato. Os netbooks são utilizados para acessar a internet e executar atividades simples que não exigem grande capacidade de processamento de dados, como digitar um texto. Já o notebook é a versão compacta e facilmente transportável dos robustos computadores de mesa.
“Os netbooks são indicados para quem só precisa fazer trabalhos escolares ou acessar a internet, porque têm uma configuração mais simples, ou mais ‘leve’, como se diz na área. Os notebooks são os computadores mais potentes e completos e, consequentemente, maiores”, esclareceu.

Atendimento segmentado

O Jornal do Commercio analisou algumas lojas que atendem empresas e consumidores finais e detectou que os empreendimentos estão se especializando no atendimento dedicado a um determinado público. Lojas que possuem mais de uma unidade costumam modificar o ponto comercial localizado próximo a áreas empresarias para recepcionar pessoas jurídicas interessadas em adquirir bens de informática.
É o caso da Amazon Print, que abriu a segunda loja há seis anos no bairro Japiim, zona sul, próximo às avenidas de acesso ao Distrito Industrial, onde está boa parte das fábricas do PIM (Polo Industrial de Manaus). “A loja foi projetada para atender especificamente grandes companhias, como as fábricas do Distrito Industrial. Temos atingido nosso objetivo, porque 90% das vendas são fechadas com empresas”, disse a gerente da unidade do Japiim, Angela Couto.
Na Info Store, foi adotada a mesma tática. A firma possui uma loja no Japiim voltada para atendimento de pessoas jurídicas e outra para o consumidor final. A gerente Célia Sarraff contou que, apesar da segmentação, os clientes dificilmente percebem a estratégia e procuram as duas unidades. “Quando recebemos a ligação de uma empresa, nós encaminhamos para a loja específica que trata disso. Mas, se recebemos a visita sem aviso, é claro que atendemos, independentemente da unidade. O que não podemos é perder a venda”, finalizou Célia Sarraff.

Redação

Jornal mais tradicional do Estado do Amazonas, em atividade desde 1904 de forma contínua.
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